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França pede que a Rússia aplique os acordos sobre Ucrânia

Hollande quis "colocar em andamento grupos de trabalho", como está previsto nos acordos

François Hollande e Vladimir Putin: os dirigentes se reuniram em um salão do palácio presidencial de Yerevan, um encontro iniciado com um aperto de mãos formal diante das câmeras (AFP/ ALEXEI NIKOLSKY)

François Hollande e Vladimir Putin: os dirigentes se reuniram em um salão do palácio presidencial de Yerevan, um encontro iniciado com um aperto de mãos formal diante das câmeras (AFP/ ALEXEI NIKOLSKY)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2015 às 13h20.

Erevan - O presidente francês, François Hollande, pediu nesta sexta-feira a seu colega russo, Vladimir Putin, que avance na aplicação dos acordos de paz de Minsk para a Ucrânia, em um encontro em Yerevan, à margem das celebrações pelo centenário do genocídio armênio.

"A melhor forma de poder superar o que nos freia é avançar na aplicação dos acordos de Minsk", declarou o chefe de Estado francês no início do encontro, em alusão às sanções europeias contra Moscou.

Putin havia lamentado o fato de as relações da Rússia com a França e a União Europeia não estarem "infelizmente (...) em seu melhor momento".

Cercados por seus conselheiros, os dirigentes se reuniram em um salão do palácio presidencial de Yerevan, um encontro iniciado com um aperto de mãos formal diante das câmeras.

"O volume de negócios (dos intercâmbios comerciais) cai, incluindo a França", indicou o presidente russo.

"Na minha opinião, devemos tentar buscar soluções para restabelecer nossas relações, todos têm interesse nisso", acrescentou.

"A situação entre a União Europeia e a Rússia se degradou incontestavelmente devido à crise ucraniana", constatou o presidente Hollande, acrescentando: "Demonstraremos que não nos resignamos a esta situação".

"Este acordo, o quisemos, o buscamos e o encontramos", afirmou em alusão aos acordos de Minsk o presidente francês, convocando Putin a aplicar o que foi decidido.

Especificamente, Hollande queria "colocar em andamento grupos de trabalho", como está previsto nos acordos.

"Precisamos da Rússia e da França para solucionar uma série de situações difíceis", afirmou em referência à Síria ou ao Iraque, antes que o encontro prosseguisse a portas fechadas.

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