Lojas fechadas na França: juros baixos na Europa facilitam incentivos à economia (Andrea Mantovani/The New York Times)
AFP
Publicado em 27 de março de 2021 às 16h57.
Última atualização em 27 de março de 2021 às 17h31.
A França intensificou o controle neste sábado em estações e aeroportos, para tentar restringir os deslocamentos da população ante a situação sanitária crítica devido à pandemia, enquanto na América Latina, que tenta conter a onda de contágios, o Chile dava início a um confinamento total.
Com mais de 200 mil novos casos por semana, autoridades francesas reforçaram o controle e estenderam ontem as medidas de confinamento impostas em Paris a outras regiões. O país, que soma 94.300 mortos pela Covid-19, está em situação crítica, alertou o primeiro-ministro, Jean Castex.
Na vizinha Espanha, onde o número de casos voltou a aumentar e foram registradas ontem 590 mortes, autoridades irão exigir de todas as pessoas que chegarem por estrada da França um teste PCR negativo. Até agora, o mesmo era obrigatório apenas para quem chegava por via aérea ou marítima.
Nas últimas semanas, a Espanha, com seus bares abertos e um toque de recolher noturno, tornou-se o destino preferido dos poucos turistas europeus, principalmente dos franceses. Outros países da Europa também decidiram reforçar as restrições, como Bélgica e Polônia.
Na Ásia, o governo filipino ordenou neste sábado o confinamento de 24 milhões de pessoas em Manila e região, após um aumento dos casos de Covid, que lotam os hospitais da capital. Já o Reino Unido, país europeu mais atingido pelo novo coronavírus, mas também o mais avançado na campanha de vacinação, com 29 milhões de doses aplicadas (55% da população adulta), iniciou um processo de desconfinamento, apesar das advertências de cientistas.
Em todo o mundo, o coronavírus já matou mais de 2,7 milhões de pessoas e mais de 126 milhões contraíram a doença, segundo o balanço deste sábado da AFP.
A América Latina sofre com os efeitos da pandemia. A região, que acumula mais de 24 milhões de casos e supera 762 mil mortos, enfrenta a incidência cada vez maior da variante brasileira, considerada muito mais contagiosa do que a cepa original. O Chile, que lidera o processo de vacinação na América Latina, iniciou hoje uma quarentena estrita, que afeta 16 milhões de seus 19 milhões de habitantes, ante um forte surto da doença.
No Brasil, segundo país do mundo em número de mortos, com 307 mil, o número de casos ultrapassou pela primeira vez os 100 mil em 24 horas, e o número de mortos por dia passa de 3 mil. Na vizinha Argentina, os contágios voltaram a disparar, tendo sido contabilizados nas últimas 24 horas quase 13 mil casos, a maior marca desde janeiro.
O Peru, por sua vez, registrou ontem um recorde de 11.919 casos diários, a cifra mais alta em 12 meses de pandemia.