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França impediu entrada de quase 1.000 nas fronteiras

Após os atentados de Paris, a França reforçou o controle de entrada no território.

Ataque-em-Paris-6 (João Bolan)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2015 às 09h29.

Paris, 28 nov (EFE).- A França impediu a entrada em seu território de "cerca de 1.000 pessoas" desde o restabelecimento dos controles fronteiriços pela Cúpula do Clima, reforçados após os atentados de Paris do último dia 13 de novembro.

O número foi informado neste sábado pelo ministro de Interior francês, Bernard Cazeneuve, que, durante uma visita ao posto fronteiriço com a Alemanha da Ponte da Europa em Estrasburgo, explicou que "se impediu a entrada no território nacional de mil pessoas pelo risco que podiam representar".

Cazeneuve assinalou, em declarações aos meios de comunicação, que os terroristas que realizaram os ataques há duas semanas na capital francesa "poderiam ter obtido armas com traficantes da Alemanha".

"Isso mostra a necessidade de uma ação resolvida dos serviços secretos, das policiais e dos governos europeus", ressaltou.

Cerca de 8.000 agentes das forças da ordem francesas estão dedicados à vigilância das fronteiras desde que no último dia 13 de manhã se restabeleceram os controles com outros países europeus, para prevenir a entrada de pessoas que pudessem ameaçar a segurança da cúpula.

Essa medida, que foi reforçada horas depois pelos atentados de Paris, devia em princípio ser mantida durante um mês, mas Cazeneuve advertiu que poderia prolongar-se mais ainda.

Duas centenas de passos terrestres aos países vizinhos são objeto de vigilância com controles aleatórios, ao quais se acrescentam portos e aeroportos.

Em virtude do estado de emergência em vigor desde os ataques jihadistas, se proibiram as manifestações, uma medida que o governo justificou pelas dificuldades para poder garantir a segurança nas condições atuais.

Isso significa, em particular, que ficaram impedidas as múltiplas passeatas e protestos que foram programados coincidindo com a cúpula que começa oficialmente na segunda-feira e será realizada até 11 de dezembro, e que no primeiro dia reunirá cerca de 150 chefes de Estado e do governo de todo o mundo.

Alguns coletivos se recusaram a aceitar totalmente essas proibições, e hoje, por exemplo, 300 pessoas participam de uma marcha em bicicleta de Nantes a Paris.

Trata-se de um coletivo de críticos ao projeto do aeroporto de Notre Dame dês Landes, nos arredores de Nantes, que esta manhã se encontravam nas proximidades de Versalhes, a 20 quilômetros da capital francesa.

O diretor-geral do Greenpeace França, Jean François Julliard, é um dos que se queixaram de um uso que considera abusivo e desvirtuado das restrições para manifestar-se.

"Parece que o governo utiliza este estado de urgência como pretexto para aplacar todas as críticas" argumentou Julliard, em declarações à emissora "BFM TV". 

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