França ganha apoio da UE para bloquear trem com imigrantes
A França barrou no fim de semana a passagem dos trens na fronteira de Menton com Ventimiglia (Itália), o que levou Roma a acusar Paris de estar violando as leis europeias
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2011 às 19h11.
Bruxelas - A Comissão Europeia saiu na segunda-feira em defesa da França na sua decisão de fechar temporariamente suas fronteiras a trens com imigrantes africanos vindos da Itália, o que, no entender do Poder Executivo europeu, não viola as regras da União Europeia.
A França barrou no fim de semana a passagem dos trens na fronteira de Menton com Ventimiglia (Itália), o que levou Roma a acusar Paris de estar violando as leis europeias que garantem a livre circulação de pessoas.
Mas a comissária europeia para Assuntos Internos, Cecilia Malmstrom, se disse satisfeita com a explicação francesa de que a medida se destinava a preservar a ordem pública. "Aparentemente, eles tinham o direito de fazer isso", afirmou ela em entrevista coletiva.
Em entrevista publicada na segunda-feira, o chanceler italiano, Franco Frattini, declarou que a França violou regras e pisoteou o Tratado Schengen, um regulamento crucial da União Europeia que assegura a livre circulação de viajantes entre os países aderentes.
"Se a situação persistir, pouparíamos tempo ao dizermos que simplesmente mudamos de ideia a respeito da livre circulação, que é um dos princípios fundamentais da União", disse ele. "Mas temos certeza de que a França irá se explicar."
Em visita à Bulgária, o ministro francês do Interior, Claude Gueant, retrucou dizendo que Paris seguiu as regras. "Aplicamos a letra e o espírito do Acordo Schengen", afirmou.
A polêmica entre França e Itália prenuncia um acirrado debate nas próximas semanas sobre como a UE deve lidar com a onda de refugiados causada pelas revoltas populares no norte da África. A Itália pleiteia ajuda de outros governos da UE para lidar com 26 mil imigrantes que chegaram às suas costas desde o começo do ano.
Roma concedeu autorizações temporárias para que esses imigrantes viajem pela Europa, o que causou preocupação em outros governos, temerosos de que isso estimule a imigração ilegal para o continente.
Bruxelas - A Comissão Europeia saiu na segunda-feira em defesa da França na sua decisão de fechar temporariamente suas fronteiras a trens com imigrantes africanos vindos da Itália, o que, no entender do Poder Executivo europeu, não viola as regras da União Europeia.
A França barrou no fim de semana a passagem dos trens na fronteira de Menton com Ventimiglia (Itália), o que levou Roma a acusar Paris de estar violando as leis europeias que garantem a livre circulação de pessoas.
Mas a comissária europeia para Assuntos Internos, Cecilia Malmstrom, se disse satisfeita com a explicação francesa de que a medida se destinava a preservar a ordem pública. "Aparentemente, eles tinham o direito de fazer isso", afirmou ela em entrevista coletiva.
Em entrevista publicada na segunda-feira, o chanceler italiano, Franco Frattini, declarou que a França violou regras e pisoteou o Tratado Schengen, um regulamento crucial da União Europeia que assegura a livre circulação de viajantes entre os países aderentes.
"Se a situação persistir, pouparíamos tempo ao dizermos que simplesmente mudamos de ideia a respeito da livre circulação, que é um dos princípios fundamentais da União", disse ele. "Mas temos certeza de que a França irá se explicar."
Em visita à Bulgária, o ministro francês do Interior, Claude Gueant, retrucou dizendo que Paris seguiu as regras. "Aplicamos a letra e o espírito do Acordo Schengen", afirmou.
A polêmica entre França e Itália prenuncia um acirrado debate nas próximas semanas sobre como a UE deve lidar com a onda de refugiados causada pelas revoltas populares no norte da África. A Itália pleiteia ajuda de outros governos da UE para lidar com 26 mil imigrantes que chegaram às suas costas desde o começo do ano.
Roma concedeu autorizações temporárias para que esses imigrantes viajem pela Europa, o que causou preocupação em outros governos, temerosos de que isso estimule a imigração ilegal para o continente.