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França, EUA e Reino Unido apresentam novo projeto de resolução para Síria

Países solicitam à ONU explorar formas para retomar negociações políticas na Síria e encoraja criação de comissão constitucional

Síria: bombardeios da França, EUA e Reino Unido sobre alvos militares na semana passada deixou pelo menos 40 mortos (Bassam Khabieh/Reuters)

Síria: bombardeios da França, EUA e Reino Unido sobre alvos militares na semana passada deixou pelo menos 40 mortos (Bassam Khabieh/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de abril de 2018 às 16h37.

França, Estados Unidos e Reino Unido apresentaram aos membros do Conselho de Segurança uma versão alterada do seu projeto de resolução sobre a Síria, que aborda aspectos químicos, políticos e humanitários do conflito, segundo diplomatas.

Os três países ocidentais bombardearam na semana passada alvos militares na Síria em retaliação a um suposto ataque químico em Duma, na periferia de Damasco, que deixou pelo menos 40 mortos. Agora, estão à espera de que a Rússia entre nas negociações do projeto de resolução.

A intervenção da França, Estados Unidos e Reino Unido ocorreu sem o consentimento do Conselho de Segurança da ONU, ao qual pertence a Rússia, um aliado do regime sírio.

O texto anterior condenava o uso de armas químicas em Duma. A nova versão consultada pela AFP condena o uso "denunciado" desta arma.

Os países ocidentais acusam a Síria pelo ataque. Damasco nega qualquer responsabilidade.

A nova versão desenvolve os aspectos humanitários do conflito, solicita ao secretário-geral da ONU "explorar formas" para retomar as negociações políticas e o "encoraja a estabelecer, através do seu enviado especial, uma comissão constitucional", uma proposta que não aparecia no primeiro texto e que poderia ser bem recebida por Moscou.

Após uma semana de debates ásperos sobre a Síria, os membros do Conselho de Segurança da ONU se reúnem a partir desta sexta-feira e por três dias em uma fazenda no sul da Suécia para tentar encontrar um terreno comum para avançar nas negociações.

Apesar de não discutires este texto, vários membros do Conselho de Segurança têm dúvidas sobre a proposta de Paris, Washington e Londres.

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