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França está usando águias para destruir drones terroristas

Polícia francesa está treinando quatro águias-douradas para interceptar objetos voadores em pleno voo

Águia abate drone: ideia de usar aves de rapina foi da polícia holandesa, que já empregava águias treinadas para interceptar drones no ar (Regis Duvignau/Reuters)

Águia abate drone: ideia de usar aves de rapina foi da polícia holandesa, que já empregava águias treinadas para interceptar drones no ar (Regis Duvignau/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 11h19.

Para se prevenir contra a espionagem e possíveis ataques realizados por drones, a força aérea francesa resolveu colocar as “garras de fora” – ou melhor, usar as garras contra o terrorismo. Para isso, está treinando quatro águias-douradas para destruir drones inimigos em seu espaço aéreo.

O quarteto de aves é formado por D’Artagnan, Athos, Porthos e Aramis (sim, o nome dos mosqueteiros) e vive em uma base aérea em Mont-de-Marsan, no sudoeste da França.

Durante o treinamento, as águias perseguem os drones em alta velocidade, cobrindo uma área de 200 metros em apenas 20 segundos – e interceptando o objeto em pleno voo. Quando chega ao solo, o animal cobre o eletrônico com suas asas, como forma de proteção. E como recompensa, recebe um pedaço de carne.

Especialistas acreditam que as águias podem lidar com esses aparelhos de forma mais segura, sem a necessidade de usar armas de fogo. O governo teme que grupos terroristas podem usar drones com explosivos para atingir civis ou instalações militares no país.

 

A precaução tem fundamento. Há algumas semanas, soldados iraquianos foram atingidos por uma bomba lançada por um pequeno objeto voador (desses que podem ser comprados em lojas de brinquedos) e tentaram, sem sucesso, derrubá-lo dando tiros ao alto.

A ideia de usar aves de rapina foi da polícia holandesa, que já empregava águias treinadas para interceptar drones no ar.

Usando seus instintos biológicos, como visão aguçada e alta velocidade, esses animais são caçadores natos e já demonstram hostilidade natural a um zangão.

De acordo com os treinadores, neste mês, as aves se mostraram capazes de derrubar drones em perseguições horizontais rápidas. “Em breve, elas estarão saindo de picos nas montanhas vizinhas”, afirmaram as autoridades ao The Washington Post. O projeto foi muito bem aceito – tanto que os militares já querem começar a treinar uma segunda geração de águias.

Enquanto isso, D’Artagnan e seus irmãos vão ganhar equipamentos de alta tecnologia para continuar na guerra contra as máquinas do terrorismo. Segundo um porta-voz da força aérea francesa, as forças armadas já estão projetando luvas de couro e fibra sintética, além de outros materiais resistentes a explosões, para proteger as garras dos novos guerreiros.

Este conteúdo foi originalmente publicado na Superinteressante.

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