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França enfrenta greve de professores por gestão da covid nas escolas

Professores, pais e administradores escolares têm tido dificuldades para lidar com a pandemia e com as reviravoltas nas regras contra a covid-19 nas escolas

Professores franceses protestam em Paris (Sarah Meyssonnier/Reuters)

Professores franceses protestam em Paris (Sarah Meyssonnier/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de janeiro de 2022 às 11h51.

Última atualização em 13 de janeiro de 2022 às 11h53.

Dezenas de milhares de professores franceses deixaram o trabalho na quinta-feira por conta do que classificam como um fracasso do governo em adotar uma política coerente para que as escolas administrem a pandemia de covid-19 e protejam os alunos e funcionários contra infecções.

Professores, pais e administradores escolares têm tido dificuldades para lidar com a pandemia e com as reviravoltas nas regras contra a covid-19 nas escolas. Novas exigências de testes foram anunciadas às vésperas do retorno do recesso de final de ano, e foram alteradas duas vezes desde então.

"Chegamos a tal nível de exasperação, cansaço, e raiva que não temos outra opção senão organizar uma greve para enviar uma mensagem forte ao governo", disse Elisabeth Allain-Moreno, secretária nacional do sindicato de professores SE-UNSA.

Escolas em Paris e em outros distritos ofereceram um retrato misto da situação na manhã de quinta-feira, com algumas inteiramente fechadas por conta da greve, outras parcialmente abertas, e outras operando normalmente. Algumas escolas foram abertas apenas para filhos de profissionais de saúde.

Mirlene Pouvin, cujo filho está em uma escola secundária onde alguns professores entraram em greve e outros foram trabalhar, disse que simpatiza com os que deixaram o trabalho.

"Eu os entendo, pois o protocolo de Covid é impossível de ser adotado --seja nas escolas ou nos hospitais. Eu não tenho ressentimentos contra eles", disse após deixar o filho de manhã na escola em Paris.

Os sindicatos esperam que muitas escolas sejam fechadas durante o dia, e que grandes números de professores --incluindo 75% em escolas primárias e 62% em escolas secundárias-- participem da paralisação. Os sindicatos representam diretores, inspetores e outros funcionários escolares que também participam da greve.

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