França e Reino Unido pedem pressão sobre Síria por massacres
Os ministros consideram necessário manter a pressão sobre o regime de Bashar al-Assad e a Rússia para terminar com os ataques em Aleppo, no norte da Síria
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2016 às 11h54.
Luxemburgo - Os ministros das Relações Exteriores da França , Jean-Marc Ayrault, e do Reino Unido , Boris Johnson, concordaram nesta segunda-feira que é necessário manter a pressão sobre o regime de Bashar al-Assad e a Rússia para terminar com os ataques em Aleppo, no norte da Síria , mas se mostraram cautelosos sobre a possibilidade de aplicar sanções a Moscou.
"É importante que os europeus mandem uma mensagem clara e firme. O que está acontecendo em Aleppo é uma catástrofe humanitária", disse o titular francês em sua chegada ao conselho de ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE).
Ayrault também pediu que se faça "o possível" para acabar com os bombardeios e para que a ajuda humanitária chegue à população, e também insistiu na necessidade de "retomar o processo de paz", já que, em sua opinião, "não há outro caminho" para resolver o conflito.
O ministro francês afirmou que "atualmente a situação está bloqueada", e criticou a "lógica de destruição" na qual estão inseridos o regime de Bashar al Assad e a Rússia.
Ayrault disse que os ministros debaterão hoje "todas as maneiras de fazer pressão" sobre o regime sírio e seus aliados e afirmou que, quanto mais a UE demonstrar sua "unidade e determinação, mais poderá fazer avançar a exigência moral do fim do massacre da população de Aleppo".
O chanceler francês considerou que a UE não pode "se calar e fechar os olhos", e deixou claro que o objetivo da França é "continuar a luta contra o terrorismo", não só contra o Estado Islâmico, mas também com outros grupos como a Al Qaeda.
Boris Johnson, por sua vez, criticou "o bombardeio de civis e o massacre indiscriminado de mulheres e crianças inocentes" em Aleppo, e indicou que os ministros da UE discutirão hoje formas de "manter a pressão sobre o regime de Assad" e o governo russo.
Johnson lembrou que, entre as medidas aplicadas pela UE, estão sanções econômicas e uma "enorme pressão, de uma forma ou outra".
O ministro britânico ressaltou que a solução de Aleppo "depende do regime de Assad" e da Rússia, e pediu às autoridades russas que "escolham outro caminho e optem pela paz" e pelo retorno às negociações em Genebra.
O ministro interino das Relações Exteriores e Cooperação da Espanha, José Manuel García-Margallo, foi além ao considerar que é favorável às sanções se elas "servirem para que a Rússia se aproxime das posições" defendidas pela UE.
Além disso, García-Margallo considerou urgente "a busca por um entendimento entre Rússia e EUA de um lado, e entre os outros atores que intervêm no conflito", como Turquia, Arábia Saudita e Irã, por outro.
Já o titular austríaco, Sebastian Kurz, disse que a ideia de novas sanções contra a Rússia seria "equivocada", pois não é desejável "uma nova escalada", mas "negociações, diálogo e uma solução pacífica", enquanto seu colega alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que novas sanções no longo prazo não ajudariam a "melhorar a situação dos civis" na Síria.
Luxemburgo - Os ministros das Relações Exteriores da França , Jean-Marc Ayrault, e do Reino Unido , Boris Johnson, concordaram nesta segunda-feira que é necessário manter a pressão sobre o regime de Bashar al-Assad e a Rússia para terminar com os ataques em Aleppo, no norte da Síria , mas se mostraram cautelosos sobre a possibilidade de aplicar sanções a Moscou.
"É importante que os europeus mandem uma mensagem clara e firme. O que está acontecendo em Aleppo é uma catástrofe humanitária", disse o titular francês em sua chegada ao conselho de ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE).
Ayrault também pediu que se faça "o possível" para acabar com os bombardeios e para que a ajuda humanitária chegue à população, e também insistiu na necessidade de "retomar o processo de paz", já que, em sua opinião, "não há outro caminho" para resolver o conflito.
O ministro francês afirmou que "atualmente a situação está bloqueada", e criticou a "lógica de destruição" na qual estão inseridos o regime de Bashar al Assad e a Rússia.
Ayrault disse que os ministros debaterão hoje "todas as maneiras de fazer pressão" sobre o regime sírio e seus aliados e afirmou que, quanto mais a UE demonstrar sua "unidade e determinação, mais poderá fazer avançar a exigência moral do fim do massacre da população de Aleppo".
O chanceler francês considerou que a UE não pode "se calar e fechar os olhos", e deixou claro que o objetivo da França é "continuar a luta contra o terrorismo", não só contra o Estado Islâmico, mas também com outros grupos como a Al Qaeda.
Boris Johnson, por sua vez, criticou "o bombardeio de civis e o massacre indiscriminado de mulheres e crianças inocentes" em Aleppo, e indicou que os ministros da UE discutirão hoje formas de "manter a pressão sobre o regime de Assad" e o governo russo.
Johnson lembrou que, entre as medidas aplicadas pela UE, estão sanções econômicas e uma "enorme pressão, de uma forma ou outra".
O ministro britânico ressaltou que a solução de Aleppo "depende do regime de Assad" e da Rússia, e pediu às autoridades russas que "escolham outro caminho e optem pela paz" e pelo retorno às negociações em Genebra.
O ministro interino das Relações Exteriores e Cooperação da Espanha, José Manuel García-Margallo, foi além ao considerar que é favorável às sanções se elas "servirem para que a Rússia se aproxime das posições" defendidas pela UE.
Além disso, García-Margallo considerou urgente "a busca por um entendimento entre Rússia e EUA de um lado, e entre os outros atores que intervêm no conflito", como Turquia, Arábia Saudita e Irã, por outro.
Já o titular austríaco, Sebastian Kurz, disse que a ideia de novas sanções contra a Rússia seria "equivocada", pois não é desejável "uma nova escalada", mas "negociações, diálogo e uma solução pacífica", enquanto seu colega alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que novas sanções no longo prazo não ajudariam a "melhorar a situação dos civis" na Síria.