Mundo

França descarta fechar centrais nucleares

Ainda assim, a Autoridade de Segurança Nuclear pediu aumento de investimento na segurança das usinas

A central nuclear de Fessenheim: a França, que obtém 75% da energia elétrica consumida no país da atividade nuclear, tem 19 centrais nucleares e 58 reatores (Sebastien Bozon/AFP)

A central nuclear de Fessenheim: a França, que obtém 75% da energia elétrica consumida no país da atividade nuclear, tem 19 centrais nucleares e 58 reatores (Sebastien Bozon/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 18h28.

Paris - Dez meses depois do desastre em Fukushima, a Autoridade de Segurança Nuclear (ASN) anunciou nesta terça-feira que não é necessário fechar nenhuma das centrais nucleares francesas, mas pediu o aumento da segurança, medida que exigirá um investimento de bilhões de euros.

"As instalações nucleares francesas apresentam um nível de segurança suficiente e por isto é desnecessário fechar qualquer uma delas", afirma a ASN em um relatório publicado nesta terça-feira, após uma investigação para analisar as consequências do desastre em Fukushima, em 11 de março de 2011.

A França, que obtém 75% da energia elétrica consumida no país da atividade nuclear, tem 19 centrais nucleares - duas a mais que o Japão - e 58 reatores.

A ASN, que enviou ao primeiro-ministro francês François Fillon um relatório com suas conclusões, destaca que é importante aumentar "o mais rápido possível" a resistência das instalações para que possam enfrentar "situações extremas".

O objetivo é manter a segurança das instalações no caso de uma grande catástrofe, como terremotos, inundações ou um conjunto de várias situações extremas, segundo o organismo.

Com esta perspectiva, a ASN deu às empresas que operam áreas nucleares, como EDF, Areva e CEA, seis meses para a aplicação das medidas necessárias para aumentar a segurança das centrais e a divulgação das mesmas.

O reforço da segurança terá um custo considerável para as empresas e provavelmente será repassado aos consumidores, admitiu o presidente da ASN, André-Claude Lacoste.

O primeiro-ministro francês reagiu ao relatório com o anúncio de que o governo vai garantir que as empresas envolvidas respeitem por completo as recomendações da ASN e cumpram o calendário.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-nuclearesEnergiaEnergia nuclearEuropaFrançaInfraestruturaPaíses ricosseguranca-digitalUsinas nucleares

Mais de Mundo

Kamala e Trump dizem que estão prontos para debate e Fox News propõe programa extra

Eleições nos EUA: como interpretar as pesquisas entre Kamala e Trump desta semana?

Eventual governo de Kamala seria de continuidade na política econômica dos EUA, diz Yellen

Maduro pede voto de indecisos enquanto rival promete 'não perseguir ninguém' se for eleito

Mais na Exame