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França critica Trump e dobrará número de vistos para iranianos

Chefe da diplomacia francesa reforçou que o "bom senso" determina que o governo dos EUA "reconsidere" o decreto de restrições a países muçulmanos

Jean-Marc Ayrault: ele anunciou que a França vai dobrar o número de vistos concedidos a cidadãos iranianos (Vasily Fedosenko/Reuters)

Jean-Marc Ayrault: ele anunciou que a França vai dobrar o número de vistos concedidos a cidadãos iranianos (Vasily Fedosenko/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 12h22.

Teerã - O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, criticou nesta terça-feira em Teerã o decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra sete países de maioria muçulmana e anunciou que seu país vai dobrar o número de vistos concedidos a cidadãos iranianos.

Em entrevista coletiva conjunta com o chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif, Ayrault considerou que "a medida unilateral dos EUA com o pretexto de lutar contra o terrorismo é inoportuna, preocupante e representa uma grande discriminação".

O chefe da diplomacia francesa reforçou que o "bom senso" determina que o governo dos EUA "reconsidere" a ordem executiva assinada por Trump e que suspendeu a emissão de vistos por três meses para os cidadãos de Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Iêmen e o Irã.

Os serviços consulares da França já foram informados da intenção do governo do país de "dobrar rapidamente", segundo o chanceler, os atuais 40 mil vistos concedidos os iranianos.

Sobre a medida tomada por Trump, o ministro das Relações Exteriores do Irã disse que o novo governo teve um "começo ruim". Zarif, inclusive, denunciou a pessoas com visto em vigor foram proibidas de entrar no território norte-americano.

As autoridades do Irã decidiram aplicar o princípio de reciprocidade e negar a entrada de cidadãos dos EUA no país, mas informaram que a medida não terá caráter retroativo.

Ayrault chegou ontem à noite ao Irã, acompanhado de uma delegação de mais de 60 empresários interessados em fazer negócios com o Irã. Antes da entrevista coletiva, os dois chanceleres presidiram a primeira comissão mista econômica franco-iraniana, cujo início foi possível após o acordo nuclear de 2015.

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