França cortará postos na Defesa
O novo Livro Branco da Defesa ressalta a contradição entre o nível de risco e de ameaças ainda elevado e os recursos financeiros cada vez mais limitados
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2013 às 15h38.
Paris - Uma comissão de especialistas entregou nesta segunda-feira ao presidente francês François Hollande o novo Livro Branco da Defesa, que prevê 10% de supressões de postos no exército até 2019, mas reafirma as ambições da França, "potência europeia de alcance mundial".
Fazer melhor com menos dinheiro: esse documento é o resultado de nove meses de discussões e ressalta a contradição entre o nível de risco e de ameaças ainda elevado e os recursos financeiros cada vez mais limitados.
O diplomata Jean-Marie Guéhenno, que presidiu a comissão do Livro Branco, declarou nesta segunda-feira que a França quer preservar sua "mobilidade tática e estratégica", mas ressaltou que ninguém espera que intervenha "em todos os locais". "Em um mundo muito fluido, é preciso fazer escolhas", indicou em uma entrevista ao jornal Le Monde. "Se preparar para todas as eventualidades não é pertinente".
As reduções de efetivos devem se traduzir inevitavelmente por novas supressões de unidades ou bases militares sobre o território nacional. Em 2008, o presidente Nicolas Sarkozy programou a supressão de 54.000 postos entre 2008 e 2015.
O Livro Branco 2013 segue o mesmo caminho. As baixas dos efetivos previstas até 2015 (10.000 postos) serão mantidas e 24.000 postos adicionais serão suprimidos nos próximos quatro anos.
O Livro Branco não detalha os gastos. Ele se concentra nos principais eixos da política da Defesa. Será a Lei de Programação Militar que o traduzirá em termos orçamentários.
O contrato operacional das Forças Armadas foi revisto para baixo, com 15.000 a 20.000 homens em operações no exterior, de acordo com o tipo de intervenção, contra 30.000 atualmente.
A França não abandonará, contudo, suas ambições estratégicas e afirma sua vontade em apoiar a indústria bélica. Pretende assim, manter a dissuasão nuclear e plena participação na Otan.
A França também quer, junto com seus parceiros, estabilizar a "vizinhança europeia", para se preservar, sobretudo, de crises suscetíveis de afetar as relações orientais da Europa, o espaço mediterrâneo ou a África, onde o Livro Branco acorda atenção particular.
Entre as novidade, a ciberdefesa é uma prioridade do serviço secreto, com um esforço particular nos drones.
A Defesa francesa conta com cerca de 280.000 pessoas, militares e civis.
Paris - Uma comissão de especialistas entregou nesta segunda-feira ao presidente francês François Hollande o novo Livro Branco da Defesa, que prevê 10% de supressões de postos no exército até 2019, mas reafirma as ambições da França, "potência europeia de alcance mundial".
Fazer melhor com menos dinheiro: esse documento é o resultado de nove meses de discussões e ressalta a contradição entre o nível de risco e de ameaças ainda elevado e os recursos financeiros cada vez mais limitados.
O diplomata Jean-Marie Guéhenno, que presidiu a comissão do Livro Branco, declarou nesta segunda-feira que a França quer preservar sua "mobilidade tática e estratégica", mas ressaltou que ninguém espera que intervenha "em todos os locais". "Em um mundo muito fluido, é preciso fazer escolhas", indicou em uma entrevista ao jornal Le Monde. "Se preparar para todas as eventualidades não é pertinente".
As reduções de efetivos devem se traduzir inevitavelmente por novas supressões de unidades ou bases militares sobre o território nacional. Em 2008, o presidente Nicolas Sarkozy programou a supressão de 54.000 postos entre 2008 e 2015.
O Livro Branco 2013 segue o mesmo caminho. As baixas dos efetivos previstas até 2015 (10.000 postos) serão mantidas e 24.000 postos adicionais serão suprimidos nos próximos quatro anos.
O Livro Branco não detalha os gastos. Ele se concentra nos principais eixos da política da Defesa. Será a Lei de Programação Militar que o traduzirá em termos orçamentários.
O contrato operacional das Forças Armadas foi revisto para baixo, com 15.000 a 20.000 homens em operações no exterior, de acordo com o tipo de intervenção, contra 30.000 atualmente.
A França não abandonará, contudo, suas ambições estratégicas e afirma sua vontade em apoiar a indústria bélica. Pretende assim, manter a dissuasão nuclear e plena participação na Otan.
A França também quer, junto com seus parceiros, estabilizar a "vizinhança europeia", para se preservar, sobretudo, de crises suscetíveis de afetar as relações orientais da Europa, o espaço mediterrâneo ou a África, onde o Livro Branco acorda atenção particular.
Entre as novidade, a ciberdefesa é uma prioridade do serviço secreto, com um esforço particular nos drones.
A Defesa francesa conta com cerca de 280.000 pessoas, militares e civis.