França confirma tentativa de espionagem
O presidente francês assegurou que a França realizou investigações e chegou a "várias pistas" sobre a suposta autoria, que não quis revelar
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2013 às 11h07.
Bruxelas - O presidente da França , François Hollande, confirmou nesta sexta-feira que o Palácio do Eliseu sofreu um ataque cibernético em 2012, como revelou o jornal francês "Le Monde", mas assegurou que foi neutralizado e não teve efeitos.
A tentativa de intrusão aconteceu durante o início da Presidência de Hollande, segundo explicou o próprio dirigente em entrevista coletiva ao término do Conselho Europeu realizado em Bruxelas.
O presidente francês assegurou que a França realizou investigações e chegou a "várias pistas" sobre a suposta autoria, que não quis revelar.
Nesse contexto foi onde aconteceram os "contatos" com a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês), em cujas notas sobre o incidente se baseia a informação publicada por "Le Monde".
Segundo um documento divulgado pelo ex-agente americano Edward Snowden e publicado pelo jornal francês, Paris deixou evidente seu mal-estar em relação a Washington por causa dessa espionagem da mais alta instância do poder na França, e isso apesar de os EUA não parecer terem sido os responsáveis.
A NSA preparou uma nota de quatro páginas catalogada como "secreta" para a visita do último dia 12 de abril de dois altos funcionários franceses dos serviços de informação, na qual figuravam os argumentos que deviam ser dados a eles para demonstrar que - ao contrário do que achavam - os EUA não tinham nada a ver com o caso.
As pesquisas feitas pela NSA para os franceses concluíram que nenhuma das agências dos EUA (o que inclui também A CIA) nem de seus principais parceiros nesse terreno (Reino Unido e Canadá) tinham montado esse sistema de intercepção de informação no Eliseu.
Hollande ressaltou também que seu Governo presta "muita atenção a todas as comunicações que são essenciais e que, portanto, estão protegidas", mas insistiu que o problema da proteção de dados não se limita aos dirigentes, mas a toda a população.
O presidente francês lembrou que acertou com a chanceler alemã, Angela Merkel, trabalhar para conseguir antes do fim do ano avanços em um marco que regule as práticas dos serviços secretos com os EUA.
As discussões com Washington devem, segundo Hollande, esclarecer a suposta espionagem a líderes e cidadãos europeus, e resolver a questão para "o futuro".
O chefe do Eliseu ressaltou que "não se pode permitir" uma vigilância deste tipo sobre parceiros, que, além disso, tem consequências econômicas.
Bruxelas - O presidente da França , François Hollande, confirmou nesta sexta-feira que o Palácio do Eliseu sofreu um ataque cibernético em 2012, como revelou o jornal francês "Le Monde", mas assegurou que foi neutralizado e não teve efeitos.
A tentativa de intrusão aconteceu durante o início da Presidência de Hollande, segundo explicou o próprio dirigente em entrevista coletiva ao término do Conselho Europeu realizado em Bruxelas.
O presidente francês assegurou que a França realizou investigações e chegou a "várias pistas" sobre a suposta autoria, que não quis revelar.
Nesse contexto foi onde aconteceram os "contatos" com a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês), em cujas notas sobre o incidente se baseia a informação publicada por "Le Monde".
Segundo um documento divulgado pelo ex-agente americano Edward Snowden e publicado pelo jornal francês, Paris deixou evidente seu mal-estar em relação a Washington por causa dessa espionagem da mais alta instância do poder na França, e isso apesar de os EUA não parecer terem sido os responsáveis.
A NSA preparou uma nota de quatro páginas catalogada como "secreta" para a visita do último dia 12 de abril de dois altos funcionários franceses dos serviços de informação, na qual figuravam os argumentos que deviam ser dados a eles para demonstrar que - ao contrário do que achavam - os EUA não tinham nada a ver com o caso.
As pesquisas feitas pela NSA para os franceses concluíram que nenhuma das agências dos EUA (o que inclui também A CIA) nem de seus principais parceiros nesse terreno (Reino Unido e Canadá) tinham montado esse sistema de intercepção de informação no Eliseu.
Hollande ressaltou também que seu Governo presta "muita atenção a todas as comunicações que são essenciais e que, portanto, estão protegidas", mas insistiu que o problema da proteção de dados não se limita aos dirigentes, mas a toda a população.
O presidente francês lembrou que acertou com a chanceler alemã, Angela Merkel, trabalhar para conseguir antes do fim do ano avanços em um marco que regule as práticas dos serviços secretos com os EUA.
As discussões com Washington devem, segundo Hollande, esclarecer a suposta espionagem a líderes e cidadãos europeus, e resolver a questão para "o futuro".
O chefe do Eliseu ressaltou que "não se pode permitir" uma vigilância deste tipo sobre parceiros, que, além disso, tem consequências econômicas.