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França combina corte de gastos e crescimento, diz ministra

Meta é reduzir o déficit público para 3% do PIB em 2013

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2010 às 15h50.

Aix-en-Provence (França) - A França não está escolhendo entre medidas de austeridade para diminuir sua dívida ou ações para impulsionar o crescimento econômico, mas está fazendo ambos, disse neste domingo a ministra da Economia do país, Christine Lagarde.

Ela ainda criou uma nova palavra para definir essa combinação: "rilance", uma junção de "rigueur" (rigor) e "relance" (crescimento).

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Seu neologismo se soma a uma nova dimensão para um debate sobre como o governo foge de conversas de rigor para evitar analogias entre sua postura de austeridade e os profundos cortes de gastos implementados durante o governo do presidente François Mitterand, em 1983.

O governo francês prometeu reduzir o déficit público para 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, ante 8 por cento neste ano.

"Rigor ou crescimento não é uma escolha; não é um nó górdio", disse Lagarde a jornalistas.

"A política econômica que implementamos na França... é uma dose sutil entre assumir responsabilidade em uma situação extremamente difícil... e onde deixamos o restante do trabalho do plano de crescimento enquanto aumentamos o financiamento para grandes estratégias", disse.

Ela disse que as três ações serão medidas para impulsionar o investimento e inovação, citando mudanças em impostos para empresas e créditos tributários para inovação.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, disse a jornalistas que não tem problemas com a palavra "rigor".

"Estamos num período em que temos que gerir com muito cuidado todos os orçamentos", afirmou a repórteres. "Chamar isso de rigor? Não tenho problemas com isso. Austeridade? Chamo isso de bom gerenciamento de orçamento", acrescentou.

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