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França amplia caso Fillon para investigar filhos do ex-premiê

Marie e Charles Fillon foram contratados como assistentes parlamentares de seu pai em setembro de 2015

François Fillon : o ex-primeiro-ministro afirmou que só retirará da corrida ao Palácio do Eliseu se for acusado (Philippe Wojazer/Reuters)
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EFE

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 13h59.

Paris - A Procuradoria Nacional Financeira da França decidiu ampliar o caso sobre candidato à presidência François Fillon e investigar os dois filhos do ex-primeiro-ministro, suspeitos de também terem sido contratados como funcionários fantasmas assim como a esposa do líder conservador.

Marie e Charles Fillon foram contratados como assistentes parlamentares de seu pai em setembro de 2015, quando o ex-primeiro-ministro era senador e eles ainda não atuavam profissionalmente como advogados.

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O jornal "Le Parisien" indicou que ambos devem ser interrogados em breve por agentes do Escritório Central de Luta contra a Corrupção e as Infrações Financeiras e Fiscais. Eles também devem ir ao Senado em busca de provas relacionadas ao caso.

O semanário "Le Canard Enchaîné", que revelou o escândalo sobre o emprego fantasma da mulher do ex-primeiro-ministro, Penelope Fillon, como assistente parlamentar do candidato e de outro deputado, fez revelação sobre o envolvimento dos filhos de Fillon no caso.

Duas semanas após ter sido eleito senador, em outubro de 2005, Fillon contratou Marie, que tinha 23 anos e só se formaria advogada dois anos mais tarde, como assistente. O salário inicial era de 3.773 euros mensais, que passaram para 3.814 euros em 2006.

Em 1º de janeiro de 2007, ela foi substituída por Charles, que também tinha 23 anos na época. O filho do ex-primeiro-ministro teria recebido 4.846 euros brutos por mês até 17 de junho do mesmo ano. No total, ambos teriam embolsado 84 mil euros dos cofres públicos.

O ex-primeiro-ministro afirmou que só retirará da corrida ao Palácio do Eliseu se for acusado, mas parlamentares do partido Os Republicanos, liderado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, já começam a dizer que a candidatura não é sustentável e que é preciso buscar um plano B.

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