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Foster nega ter tido conhecimento de corrupção na Petrobras

Ex-diretora, que deixou o cargo em fevereiro em consequência do escândalo, ressaltou que as ilegalidades ocorreram "fora" da empresa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2015 às 14h55.

Brasília - A ex-presidente da Petrobras Graça Foster negou nesta quinta-feira em depoimento na CPI da Petrobras ter tido conhecimento no esquema de corrupção que, segundo as investigações, desviou bilhões da estatal.

Foster disse que "nunca" soube do pagamento de subornos nem teve notícia de outros tipos de corrupção na empresa até que a Polícia Federal desmontou o esquema há quase um ano.

A ex-diretora, que deixou o cargo em fevereiro em consequência do escândalo, ressaltou que as ilegalidades ocorreram "fora" da empresa, o que, segundo ela, explica que não tenham sido detectadas pelos mecanismos internos da companhia controlada pelo Estado brasileiro.

O caso se refere a manipulação de contratos da companhia petrolífera com dezenas de construtoras e outros provedores de serviços, que depois pagaram subornos aos executivos da Petrobras e aos políticos que tornaram possíveis os negócios ilegais.

Segundo as investigações, o esquema de corrupção existia há mais de dez anos e provavelmente começou na década de 1990 e desviaram bilhões de dólares.

Em seu depoimento à comissão parlamentar que investiga o caso na Câmara, Foster considerou possível que os diretores da Petrobras tenham cometido as irregularidades sem seu conhecimento ou o do conselho de administração da empresa.

No entanto, disse que é "difícil de aceitar" que seus subordinados possam ter recebido subornos sem o conhecimento de seus superiores.

Deste modo, Foster afirmou que "não pode ser verdadeira" a declaração feita à CPI pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que confessou ter recebido suborno individualmente e é responsável por revelações de grande impacto político.

Barusco envolveu no esquema o tesoureiro do PT, João Vaccari, e afirmou que o partido da presidente Dilma Rousseff, institucionalizou a corrupção na Petrobras e teria recebido pelo menos US$ 200 milhões dos subornos.

É a quarta vez que Foster prestou depoimento à CPI.

Ao longo das investigações, foram detidos cinco ex-executivos da companhia e uma dezena de executivos de grandes construtoras.

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