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Fórum Mundial diz que alta das commodities veio para ficar

Baixa produtividade e problemas climáticos combinados a uma explosão na demanda vão manter preço de alimentos elevado

Fórum Econômico Mundial diz que o Brasil tem papel de liderança no mercado mundial de alimentos (Antônio Milena/Veja)

Fórum Econômico Mundial diz que o Brasil tem papel de liderança no mercado mundial de alimentos (Antônio Milena/Veja)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 15h29.

São Paulo - Membros do Fórum Econômico Mundial (FEM) afirmaram nesta quarta-feira (12) que a variação brusca no preço de commodities como alimentos e minério de ferro observada em 2010 deve continuar neste ano. "A situação vai piorar, passaremos por um período longo de alta de preços durante 2011", disse John Drzik, presidente do grupo Oliver Wyman e membro do FEM.

O Fórum é uma organização não-governamental que reúne empresários, líderes políticos e jornalistas do mundo todo, para debaterem as principais questões do cenário global. Durante entrevista coletiva realizada em Londres, economistas e lideranças da entidade explicaram as razões da situação de risco apontada. A maior delas são as questões ambientais.

Levantamento feito pelo FEM mostra que o planeta está se tornando cada vez mais suscetível a incidentes climáticos graves. Na década de 1980, ocorreram 13 eventos considerados extremos. Nos anos 1990, este número subiu para 35. Nos últimos dez anos, foram 49 episódios de catástrofes ambientais.

Estes incidentes, segundo Drzik, afetam severamente a produção de alimentos no mundo, enquanto a demanda não para de aumentar. Estimativas do Fórum mostram que a procura por alimentos no mundo vai aumentar 50% até 2030, contribuindo para pressionar significativamente os preços.

"Esta questão deve ser prioritária na agenda dos governantes de todos os países", disse Drzik. Robert Greenhill, chefe de gabinete do FEM, afirmou que lidar com estes riscos é responsabilidade dos governos. "Eles são a última garantida de recuperação." Greenhill apontou como possível estratégia a união de países e empresas para aumentar a produção de alimentos na África.

Brasil

Segundo Alex Wittenberg, do grupo Oliver Wyman e membro do FEM, o Brasil terá um papel fundamental neste período de instabilidade. "Considerando que o país é o maior exportador de commodities como energia, minério de ferro e produtos agrícolas, o Brasil tende a exercer uma importante influência neste mercado, em escala global."

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