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Forças afegãs expulsam talibãs de Kunduz com apoio dos EUA

"Depois dos intensos combates, os talibãs foram expulsos de várias partes da cidade e empurrados para a periferia", revelou chefe da polícia regional de Kunduz

Kunduz: o chefe de polícia detalhou que a situação dentro da cidade agora é de "calma", mas que os talibãs seguem disparando com morteiros nas quatro entradas (REUTERS/Stringer/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2016 às 09h53.

Cabul - As forças de segurança do Afeganistão , com apoio aéreo dos Estados Unidos , expulsaram os talibãs do centro de Kunduz, mas os combates prosseguem na periferia desta cidade do norte do Afeganistão, na qual os insurgentes entraram há três dias.

"Depois dos intensos combates de ontem à noite, os talibãs foram expulsos de várias partes da cidade e empurrados para a periferia", revelou à Agência Efe o chefe da polícia regional de Kunduz, Mahfuzullah Akbari.

"A operação continua e esperamos que as áreas restantes na periferia também sejam liberadas", acrescentou Akbari.

O chefe de polícia detalhou que a situação dentro da cidade agora é de "calma", mas que os talibãs seguem disparando com morteiros nas quatro entradas da cidade.

Agora, a principal operação se desenvolve nas áreas do sudeste da cidade, onde continua o avanço com apoio aéreo, na medida em que os talibãs estão se retirando das casas dos civis, onde haviam se refugiado.

Enquanto recuavam, os insurgentes atearam fogo em estabelecimentos comerciais e mercados, incluído "o maior mercado de comida" da cidade, segundo o chefe policial.

De acordo com a fonte, pelo menos 120 talibãs e 14 soldados morreram nos combates.

"As pessoas têm medo, alguns foram embora e aqueles que ficaram estão tentando sair para a província vizinha de Takhar", disse Akbari.

Enquanto os combates prosseguem, membros do parlamento e da sociedade civil criticaram hoje, em entrevista coletiva em Cabul, o governo pelo fracasso no controle da situação em Kunduz.

"O povo está vivendo uma tragédia; não há eletricidade, água nem comida". "As pessoas estão presas por causa dos combates e não podem deixar a cidade", indicou Abdullah Qarluq, representante de Kunduz no parlamento afegão.

O político acrescentou que há "tropas suficientes em Kunduz, mas que não foram dirigidas da maneira devida".

"As forças de segurança avançaram, mas isso não é suficiente, já que os talibãs ainda estão nas quatro entradas da cidade e os combates continuam", afirmou Qarluq.

"O povo não pôde sequer enterrar seus mortos", comentou, por sua vez, Ghulam Muhaiuddin, um ativista da sociedade civil, na mesma entrevista coletiva.

O ataque dos talibãs contra Kunduz começou na madrugada da última segunda-feira, pouco mais de um ano depois que os insurgentes conseguiram tomar essa cidade e controlá-la durante dois dias, sua maior conquista militar desde 2001.

Os insurgentes vêm ganhando terreno no país desde que a Otan pôs um ponto final em sua missão militar no dia 1º de janeiro de 2015, e, neste momento, mantêm o controle de aproximadamente um terço do país, de acordo com fontes americanas. EFE

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Cabul - As forças de segurança do Afeganistão , com apoio aéreo dos Estados Unidos , expulsaram os talibãs do centro de Kunduz, mas os combates prosseguem na periferia desta cidade do norte do Afeganistão, na qual os insurgentes entraram há três dias.

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O chefe de polícia detalhou que a situação dentro da cidade agora é de "calma", mas que os talibãs seguem disparando com morteiros nas quatro entradas da cidade.

Agora, a principal operação se desenvolve nas áreas do sudeste da cidade, onde continua o avanço com apoio aéreo, na medida em que os talibãs estão se retirando das casas dos civis, onde haviam se refugiado.

Enquanto recuavam, os insurgentes atearam fogo em estabelecimentos comerciais e mercados, incluído "o maior mercado de comida" da cidade, segundo o chefe policial.

De acordo com a fonte, pelo menos 120 talibãs e 14 soldados morreram nos combates.

"As pessoas têm medo, alguns foram embora e aqueles que ficaram estão tentando sair para a província vizinha de Takhar", disse Akbari.

Enquanto os combates prosseguem, membros do parlamento e da sociedade civil criticaram hoje, em entrevista coletiva em Cabul, o governo pelo fracasso no controle da situação em Kunduz.

"O povo está vivendo uma tragédia; não há eletricidade, água nem comida". "As pessoas estão presas por causa dos combates e não podem deixar a cidade", indicou Abdullah Qarluq, representante de Kunduz no parlamento afegão.

O político acrescentou que há "tropas suficientes em Kunduz, mas que não foram dirigidas da maneira devida".

"As forças de segurança avançaram, mas isso não é suficiente, já que os talibãs ainda estão nas quatro entradas da cidade e os combates continuam", afirmou Qarluq.

"O povo não pôde sequer enterrar seus mortos", comentou, por sua vez, Ghulam Muhaiuddin, um ativista da sociedade civil, na mesma entrevista coletiva.

O ataque dos talibãs contra Kunduz começou na madrugada da última segunda-feira, pouco mais de um ano depois que os insurgentes conseguiram tomar essa cidade e controlá-la durante dois dias, sua maior conquista militar desde 2001.

Os insurgentes vêm ganhando terreno no país desde que a Otan pôs um ponto final em sua missão militar no dia 1º de janeiro de 2015, e, neste momento, mantêm o controle de aproximadamente um terço do país, de acordo com fontes americanas. EFE

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