Mundo

Força da ONU cerca reduto de presidente da Costa do Marfim

Forças leais ao oposicionista Alassane Ouattara, que reivindica a Presidência, vêm promovendo uma ofensiva em Abidjan para derrubar Gbagbo

O conselheiro negou que Gbagbo esteja refugiado em um bunker e exilado (Getty Images)

O conselheiro negou que Gbagbo esteja refugiado em um bunker e exilado (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 00h06.

Abdjan - As forças de paz da ONU cercaram as "últimas defesas" do atual presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, depois de uma semana de combates pesados para destituí-lo, informou a França na quinta-feira,

Forças leais ao oposicionista Alassane Ouattara, que reivindica a Presidência, vêm promovendo uma ofensiva em Abidjan para derrubar Gbagbo, que se recusou a deixar o poder após ter sido derrotado por Ouattara nas eleições de novembro passado, cujos resultados foram certificados pela ONU.

"Neste momento, a situação militar está assim: as tropas da missão da ONU na Costa do Marfim (Unoci) cercaram em uma área limitada os últimos defensores do presidente anterior, Gbagbo", disse nesta quinta-feira o ministro da Defesa da França, Gérard Longuet, ao falar no Senado francês.

Um porta-voz da ONU em Abidjan declarou à Reuters que as Nações Unidas tinham enviado forças para o bairro de Cocody, onde se acredita que Gbagbo esteja entrincheirado em seu complexo fortemente armado, mas não planejavam intervir.

"Enviamos uma patrulha a Cocody e a área no entorno, mas não é para intervir", afirmou o porta-voz da ONU Hamadoun Toure à Reuters, por telefone. "Não estou a par de que Ouattara tenha requisitado nossa intervenção neste momento."

O enviado de Ouattara à ONU, Youssoufou Bamba, disse nesta quinta-feira esperar que o impasse termine logo e acrescentou que Ouattara pode encerrar dentro de alguns dias um banimento que impôs em janeiro à exportação de cacau para estreitar o acesso de Gbagbo a recursos. O país é o maior produtor mundial de cacau.

"O impasse vai terminar muito em breve", disse ele em coletiva de imprensa em Nova York. "Sem negociação."

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilPolíticaProtestosÁfricaDitadura

Mais de Mundo

Mão de vaca? Descubra por que os americanos estão menos altruístas

Quais foram as cidades mais visitadas do ano em 2025?

Aliado de Trump vence eleição em Honduras e promete romper com China

Alerta máximo: Califórnia tem risco de fortes tempestades no Natal