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Força Armada apoia Maduro e a detenção de generais

Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela reiterou seu apoio ao presidente, Nicolás Maduro, após a detenção de três generais


	Nicolás Maduro: generais são acusados de tentar sublevar à força aérea contra o governo
 (Jorge Silva/Reuters)

Nicolás Maduro: generais são acusados de tentar sublevar à força aérea contra o governo (Jorge Silva/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 13h34.

Caracas - A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) da Venezuela reiterou nesta quarta-feira seu apoio ao presidente, Nicolás Maduro, após a detenção de três generais acusados de tentar sublevar à força aérea contra o governo.

Os militares venezuelanos estão "protegendo nosso povo, velando pela soberania de nossa pátria e respaldando o presidente e comandante-em-chefe da FANB constitucionalmente eleito", disse a instituição militar em comunicado.

O texto fez menção ao anúncio de ontem de Maduro que três generais da aviação, acusados de pretender alçar à força Aérea contra seu governo, foram detidos na noite da segunda-feira passada e já estão às ordens dos Tribunais Militares do país.

Oficiais de comandantes "vieram alarmados para denunciar que estava sendo convocado um golpe de Estado", explicou Maduro sem proporcionar as identidades dos acusados.

"Assim como disse nosso comandante-em-chefe - prosseguiu o comunicado da FANB - está se apresentando uma situação com três oficiais generais e se procedeu, imediatamente após serem detectados, a tomar as ações durante nossa legislação para que se aplique o que em justiça corresponde".

Antes das detenções, acrescenta o texto militar que também não identificou os generais presos, "a FANB se mantém monolítica".

Esse tipo de situação não enfraquece em nada "nossa convicção democrática nem a moral de que através de suas atuações conseguiram unir a realidade de nosso povo", acrescentou o comunicado.


"Com nosso comandante supremo e eterno, Hugo Chávez, conseguimos compreender que a união cívico-militar nos torna mais fortes e sólidos, e que todos os nossos esforços devem ser voltados a conseguir o bem-estar de todos os venezuelanos", continuou o documento.

"Não estamos dispostos a aceitar que seja vulnerada nossa soberania nem a retroceder no caminho em direção às conquistas que vem sendo alcançadas em benefício de todos", acrescentou.

Afirmou que a FANB não é "elitista" nem afastada das realidades do povo e repudiou a violência derivada dos protestos opositores que acontecem diariamente desde 12 de fevereiro passado, nos quais morreram 35 pessoas, a maioria baleada.

"Acreditamos firmemente, agora mais do que nunca, na justiça de nosso país, que será aplicada para cada um dos infratores, dessa violência provocada por atores, que planejaram o enfrentamento do povo contra o povo", afirma o texto.

O comunicado finaliza com elogios à Venezuela e às distintas instituições militares que compõem a FANB, assim como "à pátria socialista".

Maduro não precisou as identidades dos supostos golpistas, dos que, disse, têm vínculos com a oposição, mas ontem acusou à ativista Rocío San Miguel, que dirige a ONG Controle Cidadão de vigilância do estamento militar no país, de estar envolvida na tentativa de golpe e disse que está sendo investigada por isso.

"É o casamento com o setor golpista da oposição, do partido Vontade Popular, ela está plenamente envolvida nessa tentativa de golpe de Estado", disse.

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