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Fora de Belo Monte, CPFL participará de novos leilões

São Paulo - A CPFL Energia, que definitivamente está fora da usina de Belo Monte (PA), deve participar de 12 novos leilões de usinas em 2010, cuja capacidade somada será de 4,4 megawatts (MW). Estas usinas são uma oportunidade de garantir o crescimento da companhia na geração de energia, afirmou o presidente da companhia, Wilson Ferreira […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

São Paulo - A CPFL Energia, que definitivamente está fora da usina de Belo Monte (PA), deve participar de 12 novos leilões de usinas em 2010, cuja capacidade somada será de 4,4 megawatts (MW).

Estas usinas são uma oportunidade de garantir o crescimento da companhia na geração de energia, afirmou o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr.

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"Lamentamos não entrar em Belo Monte... mas temos 12 boas usinas que mostram a retomada da preferência para usina hidrelétrica", disse o executivo nesta quarta-feira em teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre de 2010.

De acordo com a portaria no. 54 do Ministério das Minas e Energia (MME), de 3 de fevereiro deste ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoverá ainda este ano dois leilões de compra de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração. O primeiro leilão será específico para fontes hidráulicas, incluindo Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), enquanto o segundo inclui todas as fontes de geração.

O leilão mais visado pela CPFL é o que terá 12 usinas, nos Estados de Santa Catarina, Maranhão, Piauí, Pará, Mato Grosso e Amapá.

Entretanto, a companhia também deverá participar do leilão de reserva de energia renovável, ainda no primeiro semestre, por meio de projetos do setor de energia eólica. "A companhia está olhando sim (participar do leilão), temos uma estratégia de ampliar nossa participação em eólica", disse Ferreira, sem dar mais detalhes sobre o assunto.

O presidente lembrou que a CPFL tem 200 MW em energia eólica em construção e 250 MW em biomassa. Essa mesma quantidade de energia, diz Ferreira, está nos planos da companhia, mas ainda no papel.

Além disso, no terceiro trimestre deste ano a CPFL irá inaugurar a usina hidrelétrica de Foz do Chapecó, "a melhor obra que já fizemos", visto que a taxa de retorno da usina, com potência instalada de 436 MW, terá um custo menor que o previsto.


Os investimentos feitos pela companhia foram de 1,144 bilhão de reais na hidrelétrica de Chapecó e a receita estimada é de 290 milhões de reais por ano.Também neste ano, a companhia deve inaugurar a usina Epasa, na Paraíba, com potência instalada de 174,2 MW. A receita fixa anual é calculada em 85 milhões de reais.

"Queremos ser a segunda maior empresa de geração de energia brasileira (entre as empresas privadas)", disse o presidente. Atualmente a companhia ocupa a quarta posição, atrás de Tractebel, Copel e AES Tietê, segundo ranking da Aneel.

Consolidação
O presidente da CPFL, que atualmente possui 8 distribuidoras, afirmou que o movimento de consolidação no setor de distribuição é necessário, mas fez ressalvas.

"Se a lógica da consolidação for apenas ganhar participação de mercado nós não queremos... tem que criar valor a todos os públicos, os investidores e os consumidores", afirmou.

O executivo afirmou ainda que a companhia realiza avaliações de várias empresas do setor "que fazem sentido". "Mas não estamos fazendo nenhuma transação neste momento", garantiu.

Na noite de terça-feira, a CPFL informou ao mercado que registrou no primeiro trimestre de 2010 lucro líquido de 390 milhões de reais, alta de 38 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.


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