Fome assolou Coreia do Norte em 2012, diz agência
Milhares de pessoas podem ter morrido de fome em 2012 numa região produtora de grãos do país
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 08h41.
Seul - Milhares de pessoas podem ter morrido de fome em 2012 numa região produtora de grãos na Coreia do Norte , enquanto o país realizava grandes celebrações pelo centenário de nascimento do pai da pátria, segundo uma agência de notícias sediada no Japão.
Não foi possível verificar imediatamente o teor da reportagem. Surtos de fome esporádicos são comuns na Coreia do Norte, segundo especialistas que trabalham na Coreia do Sul. Em 2011, uma análise da ONU mostrou que cerca de um terço das crianças norte-coreanas estavam subnutridas.
A reportagem da agência Rimjin-gang/ASIAPRESS disse, citando sua apuração no país e relatos de desertores norte-coreanos e pessoas que cruzaram a fronteira, que as províncias de Hwanghae do Norte e do Sul enfrentaram um surto de fome entre janeiro e maio de 2012.
"Aldeias agrícolas na região de Hwanghae e especialmente na província de Hwanghae do Sul desempenham um papel importante como base do fornecimento alimentar não só para o Exército, mas também para trabalhadores urbanos", disse a reportagem, publicada na semana passada.
Ela citava exemplos de agricultores e trabalhadores braçais na região, no sudoeste da Coreia do Norte, segundo os quais "cerca de um décimo" de uma brigada de trabalho de 60 pessoas em uma aldeia havia morrido. Outro caso citado dava conta de uma mortalidade de 30 pessoas a cada mil. "Dizem que isso é 30 vezes mais do que num ano normal", afirmou o texto.
A Rimjin-gang é uma editora independente com sede em Osaka, e que trabalha com jornalistas que informam clandestinamente a partir da Coreia do Norte.
Nenhum morador foi identificado com seu nome completo na reportagem. A agência disse que seus próprios repórteres visitaram a região.
Em novembro de 2012, um relatório do Programa Mundial de Alimentos da ONU estimou que a produção geral de alimentos na Coreia do Norte teria crescido 10 por cento na atual safra, mas ainda assim o país enfrentaria um déficit alimentar de 207 mil toneladas de comida -- algo que a agência da ONU disse ser "o mais baixo (déficit) em muitos anos".
O AlertNet, serviço de notícias humanitárias da Fundação Thomson Reuters, visitou Hwanghae do Sul em outubro de 2011 e viu sinais de subnutrição em orfanatos.
Apesar da melhoria geral na produção alimentícia da Coreia do Norte, a necessidade de alimentar os militares e garantir o abastecimento da capital Pyongyang --"vitrine" do país e base de apoio ao regime --faz com que seja possível que haja surtos regionais de fome que não são noticiados, segundo especialistas.
Seul - Milhares de pessoas podem ter morrido de fome em 2012 numa região produtora de grãos na Coreia do Norte , enquanto o país realizava grandes celebrações pelo centenário de nascimento do pai da pátria, segundo uma agência de notícias sediada no Japão.
Não foi possível verificar imediatamente o teor da reportagem. Surtos de fome esporádicos são comuns na Coreia do Norte, segundo especialistas que trabalham na Coreia do Sul. Em 2011, uma análise da ONU mostrou que cerca de um terço das crianças norte-coreanas estavam subnutridas.
A reportagem da agência Rimjin-gang/ASIAPRESS disse, citando sua apuração no país e relatos de desertores norte-coreanos e pessoas que cruzaram a fronteira, que as províncias de Hwanghae do Norte e do Sul enfrentaram um surto de fome entre janeiro e maio de 2012.
"Aldeias agrícolas na região de Hwanghae e especialmente na província de Hwanghae do Sul desempenham um papel importante como base do fornecimento alimentar não só para o Exército, mas também para trabalhadores urbanos", disse a reportagem, publicada na semana passada.
Ela citava exemplos de agricultores e trabalhadores braçais na região, no sudoeste da Coreia do Norte, segundo os quais "cerca de um décimo" de uma brigada de trabalho de 60 pessoas em uma aldeia havia morrido. Outro caso citado dava conta de uma mortalidade de 30 pessoas a cada mil. "Dizem que isso é 30 vezes mais do que num ano normal", afirmou o texto.
A Rimjin-gang é uma editora independente com sede em Osaka, e que trabalha com jornalistas que informam clandestinamente a partir da Coreia do Norte.
Nenhum morador foi identificado com seu nome completo na reportagem. A agência disse que seus próprios repórteres visitaram a região.
Em novembro de 2012, um relatório do Programa Mundial de Alimentos da ONU estimou que a produção geral de alimentos na Coreia do Norte teria crescido 10 por cento na atual safra, mas ainda assim o país enfrentaria um déficit alimentar de 207 mil toneladas de comida -- algo que a agência da ONU disse ser "o mais baixo (déficit) em muitos anos".
O AlertNet, serviço de notícias humanitárias da Fundação Thomson Reuters, visitou Hwanghae do Sul em outubro de 2011 e viu sinais de subnutrição em orfanatos.
Apesar da melhoria geral na produção alimentícia da Coreia do Norte, a necessidade de alimentar os militares e garantir o abastecimento da capital Pyongyang --"vitrine" do país e base de apoio ao regime --faz com que seja possível que haja surtos regionais de fome que não são noticiados, segundo especialistas.