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Focos de desestabilização serão eliminados, diz Tymoshenko

A ex-primeira-ministra e candidata à presidência da Ucrânia, Yulia Tymoshenko, disse que focos de desestabilização no país serão eliminados de maneira pacífica


	Yulia Tymoshenko, ex-primeira-ministra ucraniana: "ninguém quer uma guerra", acrescentou
 (Peter Muhly/AFP)

Yulia Tymoshenko, ex-primeira-ministra ucraniana: "ninguém quer uma guerra", acrescentou (Peter Muhly/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 14h31.

Kiev - A ex-primeira-ministra e candidata à presidência da Ucrânia Yulia Tymoshenko se mostrou nesta segunda-feira convencida de que os "focos de desestabilização" observados no leste do país serão eliminados de "maneira pacífica" em questão de dias.

Tymoshenko deu a declaração em entrevista coletiva na cidade de Donetsk, onde hoje os manifestantes que controlam desde ontem a sede do governo local proclamaram a independência da região homônima, de população de fala russa, e convocaram um plebiscito de adesão à Rússia para máximo no próximo 11 de maio.

A ex-chefe do governo ucraniano, que falou em russo aos jornalistas, destacou que esses focos de desestabilização são "artificiais" e não refletem o sentimento dos moradores da região de Donetsk, onde segundo o último censo os ucranianos são de 50% da população e os russos étnicos, 47%.

Na sua opinião, as autoridades de Donetsk enfrentam com profissionalismo as tentativas de desestabilizar a situação na região.

A ucraniana declarou que, após as reuniões que teve hoje em Donetsk, se sente "mais tranquila" sobre o futuro da região.

"Ninguém quer uma guerra", acrescentou Tymoshenko, em alusão a uma possível intervenção militar russa nas regiões do Sudeste da Ucrânia.

A política adiantou que o governo central da Ucrânia prepara uma série de reformas constitucionais para ampliar as faculdades dos executivos locais, que serão formados nas próprias regiões, e não por ordem de Kiev.

Ao mesmo tempo, Tymoshenko se pronunciou de maneira categórica contra a federalização da Ucrânia, que - afirmou - suporia a "criação de uma dezena de autonomias como Crimeia", anexada pela Rússia em 21 de março passado.

A Rússia propôs insistentemente a federalização da Ucrânia como a melhor solução para a crise política ucraniana, na opinião de Moscou.

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