Mundo

FMI vê crescimento global entre 3% e 4% em 2010

Anteriormente, o fundo esperava uma alta de 4,8% no PIB mundial

Blanchard, economista do FMI: emergentes devem crescer até 8%, e "avançados", até 2% (Divulgação/FMI)

Blanchard, economista do FMI: emergentes devem crescer até 8%, e "avançados", até 2% (Divulgação/FMI)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 07h44.

Paris - O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, considerou nesta quinta-feira que a economia mundial terá neste ano crescimento entre 3% e 4%, inferior a previsão até agora pela organização.

Blanchard, em entrevista emitida nesta quinta-feira na emissora de rádio francesa "Europe 1", explicou que o crescimento em 2010 será entre 3% e 4% no conjunto do mundo, "mas isso traduz uma assimetria" entre 1% e 2% para "os países avançados" e 6% e 8% para os emergentes.

Para o próximo ano, os números serão "mais ou menos os mesmos", acrescentou ao ser perguntado sobre seus prognósticos.

Em seu relatório semestral de perspectivas apresentado no início de outubro, o FMI previa uma progressão do Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 4,8% neste ano e de 4,2% no próximo.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) havia confirmado na quinta-feira suas expectativas de crescimento em seus países-membros para este ano, entre 2,5% e 3%, mas advertiu que em 2011 descerá para 2% e 2,5%.

O economista-chefe do FMI disse não acreditar que haja "uma nova recaída", embora insistiu em que "os países ricos vão ter um crescimento lento" e as taxas de desemprego "seguirão sendo elevadas" no horizonte de 2011 e 2012.

Perguntado sobre as políticas de redução do déficit fixadas como prioridade na Europa, Blanchard comentou que "a melhor maneira é fazê-lo suavemente, ter planos para cinco anos" porque se fizer de forma muito rápida há "risco afetar o crescimento" e de caída "em uma segunda recessão em Europa".

Sobre o ajuste anunciado na semana passada pelo Governo britânico, considerou que naquela nação foram "tomadas decisões orçamentárias valentes", e acrescentou que apesar dos cortes calculados a economia crescerá no próximo ano.

"Alemanha se comporta melhor que os demais" na Europa, afirmou o economista-chefe do FMI, que vinculou isso aos "esforços consideráveis" feitos após a unificação.

Estimou que a cúpula do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) de Seul vai ser "um bom momento" e que "vão conseguir soluções para o que chamou a guerra das moedas".

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoFMIIndicadores econômicosPIB

Mais de Mundo

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países