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FMI afirma que nova recessão criaria outros 23 milhões de pobres

Ásia e na África Subsaariana seriam os continentes mais afetados, diz órgão

Favela do Mandela, na zona norte do Rio, é uma das mais pobres da cidade, com esgoto correndo em meio às casas (Vladimir Platonow/Abr)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2011 às 21h49.

Washington - O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) alertou nesta segunda-feira que outras 23 milhões de pessoas poderiam ficar abaixo da linha da pobreza se a recessão se instalar nos países avançados e produzir uma desaceleração mundial de 1,3 a 1,6 pontos no Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2011 e 2012.

Segundo os modelos desenvolvidos pelos economistas do FMI, revelados hoje em um estudo, cerca de '23 milhões de pessoas poderiam passar a viver abaixo da linha da pobreza, especialmente na Ásia e na África Subsaariana'.

A linha de pobreza está definida pelo Banco Mundial (BM) como viver com menos de US$ 1,25 por pessoa ao dia.

'Existem severos riscos em baixa para as previsões atuais, às quais são altamente vulneráveis os países de baixa receita', acrescentou o relatório.

'A margem fiscal destes países é muito mais limitada e estão em uma situação mais débil para enfrentar choques externos antes da crise', comentou o estudo do FMI.

Por isso, o organismo internacional recomendou às autoridades destes países utilizar de maneira 'mais ativa' as políticas monetárias e de taxa de câmbio, e um 'maior reajuste das políticas macroeconômicas'.

Esta desaceleração implicaria em um crescimento de 2,6% e 2,4% em nível mundial para 2011 e 2012, contra 3,9% e 4%, respectivamente, previsto pelo Fundo em setembro.

Os países de baixa receita se veriam afetados principalmente através de uma 'redução da demanda de suas exportações, queda dos fluxos de investimento e das remessas, abaixo da tendência atual'.

Além disso, em outro modelo de estudo, o FMI analisa os cenários possíveis perante uma nova alta dos preços dos alimentos e das matérias-primas nestas regiões.


Um aumento de 25% nos preços dos alimentos e 21% no do petróleo em 2011 afetaria principalmente à estabilidade de preços e seria muito mais assimétrico, o que ampliaria a brecha entre ricos e pobres dentro dos próprios países.

De acordo com o FMI, baseado neste palco de aumento de preços, cerca de 31 milhões de pessoas passaria a viver abaixo da linha de pobreza.

Para enfrentar esta situação, o organismo dirigido por Christine Lagarde aconselhou um fortalecimento dos amortecedores fiscais através de um ajuste, e o emprego de subvenções dirigidas aos setores mais desfavorecidos.

O Fundo assegura, no entanto, que o cenário de arrefecimento global da economia é mais plausível que o de nova subida dos preços das matérias-primas.

O BM estima que existem 1,2 bilhões de pessoas no mundo vivem abaixo da linha da pobreza.

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Washington - O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) alertou nesta segunda-feira que outras 23 milhões de pessoas poderiam ficar abaixo da linha da pobreza se a recessão se instalar nos países avançados e produzir uma desaceleração mundial de 1,3 a 1,6 pontos no Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2011 e 2012.

Segundo os modelos desenvolvidos pelos economistas do FMI, revelados hoje em um estudo, cerca de '23 milhões de pessoas poderiam passar a viver abaixo da linha da pobreza, especialmente na Ásia e na África Subsaariana'.

A linha de pobreza está definida pelo Banco Mundial (BM) como viver com menos de US$ 1,25 por pessoa ao dia.

'Existem severos riscos em baixa para as previsões atuais, às quais são altamente vulneráveis os países de baixa receita', acrescentou o relatório.

'A margem fiscal destes países é muito mais limitada e estão em uma situação mais débil para enfrentar choques externos antes da crise', comentou o estudo do FMI.

Por isso, o organismo internacional recomendou às autoridades destes países utilizar de maneira 'mais ativa' as políticas monetárias e de taxa de câmbio, e um 'maior reajuste das políticas macroeconômicas'.

Esta desaceleração implicaria em um crescimento de 2,6% e 2,4% em nível mundial para 2011 e 2012, contra 3,9% e 4%, respectivamente, previsto pelo Fundo em setembro.

Os países de baixa receita se veriam afetados principalmente através de uma 'redução da demanda de suas exportações, queda dos fluxos de investimento e das remessas, abaixo da tendência atual'.

Além disso, em outro modelo de estudo, o FMI analisa os cenários possíveis perante uma nova alta dos preços dos alimentos e das matérias-primas nestas regiões.


Um aumento de 25% nos preços dos alimentos e 21% no do petróleo em 2011 afetaria principalmente à estabilidade de preços e seria muito mais assimétrico, o que ampliaria a brecha entre ricos e pobres dentro dos próprios países.

De acordo com o FMI, baseado neste palco de aumento de preços, cerca de 31 milhões de pessoas passaria a viver abaixo da linha de pobreza.

Para enfrentar esta situação, o organismo dirigido por Christine Lagarde aconselhou um fortalecimento dos amortecedores fiscais através de um ajuste, e o emprego de subvenções dirigidas aos setores mais desfavorecidos.

O Fundo assegura, no entanto, que o cenário de arrefecimento global da economia é mais plausível que o de nova subida dos preços das matérias-primas.

O BM estima que existem 1,2 bilhões de pessoas no mundo vivem abaixo da linha da pobreza.

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