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Flórida decreta emergência por discurso de supremacista branco

Richard Spencer liderou a marcha de militantes de extrema direita e neonazistas em Charlottesville, Virgínia, em 11 de agosto

Richard Spencer: a Universidade da Flórida aceitou receber o orador da "alt-right" em seu campus em nome da "liberdade de expressão" (Joshua Roberts/File Photo/Reuters)

Richard Spencer: a Universidade da Flórida aceitou receber o orador da "alt-right" em seu campus em nome da "liberdade de expressão" (Joshua Roberts/File Photo/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de outubro de 2017 às 20h56.

O governador Rick Scott declarou nesta segunda-feira o estado de emergência em um condado do norte da Flórida, três dias antes do discurso do supremacista branco Richard Spencer, que liderou o protesto em agosto que degenerou em violentos confrontos.

"A ameaça de uma potencial emergência é iminente e declaro o estado de emergência no condado de Alachua", escreveu o governador.

Em meio a fortes medidas de segurança, Spencer fará um discurso nesta quinta-feira no campus da Universidade da Flórida (UF), em Gainesville, localidade de 120 mil habitantes no condado de Alachua.

"Vivemos em um país onde todos têm direito de expressar sua opinião; mas também temos tolerância zero com a violência", disse Scott ao explicar que a declaração de emergência garantirá que as forças de segurança tenham todos os recursos necessários a sua disposição.

O prefeito de Alachua, Sadie Darnell, havia solicitado assistência do governador para garantir a segurança da área.

Spencer, um dos líderes da "alt-right" ou "direita alternativa", liderou a marcha de militantes de extrema direita e neonazistas em Charlottesville, Virgínia, em 11 de agosto passado, que degenerou em violentos distúrbios.

No dia seguinte, em uma contramanifestação, um supremacista branco jogou um carro contra a multidão deixando um morto e 19 feridos.

A Universidade da Flórida aceitou receber o orador da "alt-right" em seu campus em nome da "liberdade de expressão", mas destacou em seu site que Spencer não foi convidado pela instituição.

O supremacista branco, de 39 anos, pagou 10.564 dólares pelo aluguel do local e a segurança interna da universidade.

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