Mundo

Finlândia e Suécia apresentam pedidos de adesão à Otan

Na terça-feira, a Rússia expulsou dois diplomatas finlandeses e anunciou sua saída do Conselho do Báltico

Bandeira da Otan (Yves Herman/Reuters)

Bandeira da Otan (Yves Herman/Reuters)

A

AFP

Publicado em 18 de maio de 2022 às 08h36.

Última atualização em 18 de maio de 2022 às 09h28.

Finlândia e Suécia formalizaram nesta quarta-feira (17) os pedidos de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), com a entrega da carta oficial ao secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, em Bruxelas.

"O pedido que vocês apresentam é um passo histórico", disse Stoltenberg ao receber a demanda formal de adesão, gesto que inicia um complexo processo de aprovação que enfrenta a resistência de um membro chave da aliança, a Turquia.

"Vocês são nossos sócios mais próximos e sua adesão à Otan aumentaria nossa segurança compartilhada", acrescentou Stoltenberg ao final da breve cerimônia na sede da organização.

"Os aliados agora vão considerar os próximos passos em seu caminho para a Otan. Os interesses de segurança de todos os aliados devem ser levados em consideração e estamos determinados a trabalhar em todos os problemas e chegar a conclusões rápidas", disse.

O pedido de adesão dos dois países acontece em um  contexto marcado pela guerra na Ucrânia e, embora Stoltenberg tenha declarado que espera uma resposta rápida, o processo pode enfrentar mais obstáculos que o esperado.

A Turquia já deixou claro que é contra a entrada dos dois países na aliança militar, em particular a Suécia, porque Estocolmo impõe sanções contra o governo de Ancara.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, chegou a sugerir que Finlândia e Suécia nem deveriam enviar delegações para negociar a adesão.

"Dizem que virão à Turquia. Virão para nos persuadir? Que nos desculpem, mas que nem se incomodem", disse.

Além disso, Finlândia e Suécia rejeitam os pedidos turcos de extradição de pessoas que Ancara considera integrantes de "organizações terroristas".

O chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, deve ser reunir nesta quarta-feira em Nova York com o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Na terça-feira, a Rússia expulsou dois diplomatas finlandeses e anunciou sua saída do Conselho do Báltico, um fórum de países da região do Mar Báltico que tem sede em Estocolmo.

O governo russo justificou a saída do Conselho por considerar que os países ocidentais "monopolizam" o grupo para seus objetivos conjunturais, "em detrimento da Rússia".

LEIA TAMBÉM:

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaFinlândiaGuerrasOtanRússiaSuéciaTurquiaUcrânia

Mais de Mundo

Câmara dos EUA evita paralisação do governo com aprovação de pacote emergencial de financiamento

Maduro propõe reforma constitucional para reforçar controle político na Venezuela

Atropelamento em feira de Natal na Alemanha mata duas pessoas e caso é investigado como terrorismo

Portugal aprova lei que facilita pedido de residência para brasileiros