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Filipinas tentam recuperar pinturas à venda no exterior

Entre as obras está uma do impressionista francês Claude Monet

Vilma Bautista: ela foi sentenciada na segunda-feira a seis anos de prisão em Nova York por comandar um esquema que se destinava a vender obras que haviam pertencido à ex-primeira-dama (Reuters)

Vilma Bautista: ela foi sentenciada na segunda-feira a seis anos de prisão em Nova York por comandar um esquema que se destinava a vender obras que haviam pertencido à ex-primeira-dama (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 12h02.

Manila - O governo filipino pretende recuperar três pinturas, inclusive uma do impressionista francês Claude Monet, que foram colocadas à venda por uma ex-assessora de Imelda Marcos.

Vilma Bautista, de 75 anos, que foi secretária da outrora poderosa esposa do falecido ditador Ferdinand Marcos, foi sentenciada na segunda-feira a seis anos de prisão em Nova York por comandar um esquema que se destinava a vender obras que haviam pertencido à ex-primeira-dama.

Entre as obras que Bautista conseguiu vender, por 32 milhões de dólares, estava a tela "Le Bassin aux Nympheas", de Monet, parte da célebre série dos nenúfares.

Será impossível recuperar a obra, mas as Filipinas querem a devolução de três pinturas que Bautista ainda não havia vendido: outro Monet, "L'Eglise et La Seine a Vetheuil", "Langland Bay", de Alfred Sisley, "Le Cypres de Djenan Sidi Said", de Albert Marquet.

"Queremos as três pinturas de volta", disse Andrés Bautista, chefe da Comissão Presidencial para o Bom Governo. "Vamos recuperá-las. Elas foram adquiridas com verbas estatais, por isso pertencem ao povo filipino." Andrés Bautista --que não é parente de Vilma Bautista-- disse que o governo vai mover uma ação cível em Nova York para tentar recuperar as obras. Ele não citou estimativas sobre o valor.

As obras desapareceram por volta de 1986, quando Marcos foi deposto numa rebelião popular. Ele morreu três anos depois, no Havaí. Imelda foi acusada de vários crimes, mas nunca foi condenada, apesar da imensa fortuna acumulada durante o regime de seu marido (1965-86), num patrimônio que inclui a famosa coleção de sapatos da ex-primeira-dama.

Imelda, de 84 anos, atualmente tem mandato parlamentar e nega que a fortuna da sua família tenha sido obtida ilegalmente.

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