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Filipinas cancelam negociações com rebeldes após ataque

O ataque, orquestrado contra um comboio da segurança do presidente Rodrigo Duterte, deixou um guarda morto e seis feridos

Filipinas: as negociações estavam previstas para ocorrer neste fim de semana (Romeo Ranoco/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de julho de 2017 às 11h51.

Manila - As Filipinas cancelaram nesta quarta-feira negociações com rebeldes liderados por maoístas previstas para o fim de semana na Holanda depois que guerrilheiros atacaram um comboio da segurança do presidente Rodrigo Duterte, matando um guarda e ferindo seis.

Duterte não estava no local, na ilha Mindanao, no sul do país, quando o confronto entre a guarda presidencial e os rebeldes do Novo Exército Popular (NPA) começou nas primeiras horas desta quarta-feira.

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Mas o incidente deu base suficiente para que o consultor das negociações de paz Jesus Dureza cancelasse negociações informais com líderes exilados do Partido Comunista das Filipinas, com o objetivo de reiniciar um processo paralisado.

"As condições necessárias para fornecer o ambiente propício desejado para a condução das negociações de paz ainda não estão presentes", disse Dureza em comunicado.

Os rebeldes maoístas estão envolvidos na guerrilha há quase 50 anos para derrubar o governo.

O conflito matou mais de 40 mil pessoas e impediu o crescimento em regiões rurais pobres, mas ricas em com recursos.

O processo de paz, uma iniciativa importante da Duterte, encontra muitos obstáculos, com ambos os lados abandonando o cessar-fogo unilateral em fevereiro, acusando-se mutuamente por lançar ataques enquanto as negociações estavam acontecendo.

Duterte reuniu-se na terça-feira com os seus negociadores que lidavam com os comunistas e disse-lhes que não aceitassem um cessar-fogo bilateral até o NPA cessar os ataques às tropas. Ele também pediu às lideranças políticas para manterem seus guerrilheiros sob controle.

O conflito em um posto de controle ocorreu um dia depois de Duterte pedir ao Congresso que estendesse a lei marcial até o final do ano para combater a crescente militância islâmica.

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