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Filho de Kadafi afirma que Líbia não tem medo de intervenção militar

Saif al Islam disse que o governo está com seu povo, na rede americana ABC

Declaração foi feita depois da resolução aprovada na noite de quinta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU (Getty Images)

Declaração foi feita depois da resolução aprovada na noite de quinta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2011 às 08h07.

Madri - Saif al-Islam, filho de Muammar Kadafi, assegurou que não "têm medo" de uma intervenção militar internacional após a resolução aprovada na noite de quinta-feira pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU permitindo o uso da força para proteger os civis líbios.

"Estamos em nosso país e com nossa gente. E não temos medo", disse Saif, considerado o herdeiro político de seu pai, em declarações à emissora americana "ABC", após a aprovação do texto da ONU.

Saif assegurou que a decisão da ONU de "bombardear a Líbia" não é ajudar a população, "mas matá-la" e qualificou a resolução de "injusta", após insistir que nas forças líbias nunca foram feitos ataques aéreos contra civis e que as informações divulgadas a este respeito são "falsas".

"O Exército e os voluntários líbios lutaram contra os rebeldes armados e libertaram cinco cidades e não morreu nem um só civil", acrescentou, ao assegurar que "não houve massacres na Líbia".

Perguntado sobre as intenções militares do regime em relação a Benghazi, em cujas portas estão as tropas fiéis a Kadafi, disse que a segunda maior cidade do país está vivendo "um pesadelo" ao ficar nas mãos dos rebeldes, que mantêm "a população aterrorizada".

"Há gente armada por todos os lugares, com suas próprias leis e executam quem fica contra eles", assegurou o filho de Kadafi em relação à situação em Benghazi, considerada a capital rebelde e sede do Conselho Nacional Transitório (CNT).

Saif também se referiu aos quatro jornalistas de "The New York Times" desaparecidos há vários dias perto da cidade de Ajdabiya (leste) e confirmou que estão nas mãos do Exército.

Explicou que entraram ilegalmente no país e que foram retidos pelo Exército líbio quando este libertou Ajdabiya das mãos dos rebeldes e mencionou a possibilidade de que a única mulher do grupo possa ser liberada amanhã.

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