Fiat Argentina pede resgate do espírito Mercosul
O presidente da Fiat Argentina, Cristiano Rattazzi, apelou para que lBrasil e Argentina devem usar ferramentas que permitam "a integração total da região"
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 22h51.
Buenos Aires - A escalada da tensão comercial entre Brasil e Argentina já preocupa os empresários argentinos. Com a memória ainda fresca sobre as consequências do bloqueio que a indústria automobilística sofreu, no ano passado, com centenas de veículos argentinos parados na fronteira, o presidente da Fiat Argentina, Cristiano Rattazzi, apelou para o resgate do espírito do Mercosul. Em entrevista à Agência Estado, Rattazzi opinou que os dois países "precisam limar qualquer tipo de aspereza e resgatar o espírito inicial do Mercosul".
Segundo o executivo, Brasil e Argentina devem usar ferramentas que permitam "a integração total da região para conquistar outros mercados e fazer acordos de comércio com outros países, em vez de ficar neste mercado fechado".
Já o presidente da União Industrial da Argentina (UIA), José Ignácio de Mendiguren, adotou um discurso mais alinhado à Casa Rosada. Ao comentar as declarações do ministro brasileiro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, de que a "Argentina é um problema permanente", Mendiguren afirmou que "o Brasil já tem mais de 80 meses de uma balança comercial brutalmente favorável com a Argentina e os números não justificam este tipo de reclamação". Em entrevista a uma rádio local, Mendiguren ressaltou que "as exportações do Brasil para a Argentina cresceram acima de 25% no último ano".
Outro empresário comentou que o problema da Argentina é grave porque o país perdeu a competitividade com o Brasil. "O real se desvalorizou uns 20% e o peso, só 8%. Hoje a Argentina não tem a competitividade que tinha antes com o Brasil." A situação macro é muito diferente que a de um ano atrás, por exemplo", disse.
Ele alertou que o cerco contra as importações brasileiras vai gerar graves problemas para as pequenas empresas. "Os bens de consumo já estão faltando e os bens intermédios também. As empresas grandes podem conseguir negociar a liberação das importações dos insumos que necessitam para manter suas produções, mas as pequenas já têm maiores dificuldades para isso", comentou.
Buenos Aires - A escalada da tensão comercial entre Brasil e Argentina já preocupa os empresários argentinos. Com a memória ainda fresca sobre as consequências do bloqueio que a indústria automobilística sofreu, no ano passado, com centenas de veículos argentinos parados na fronteira, o presidente da Fiat Argentina, Cristiano Rattazzi, apelou para o resgate do espírito do Mercosul. Em entrevista à Agência Estado, Rattazzi opinou que os dois países "precisam limar qualquer tipo de aspereza e resgatar o espírito inicial do Mercosul".
Segundo o executivo, Brasil e Argentina devem usar ferramentas que permitam "a integração total da região para conquistar outros mercados e fazer acordos de comércio com outros países, em vez de ficar neste mercado fechado".
Já o presidente da União Industrial da Argentina (UIA), José Ignácio de Mendiguren, adotou um discurso mais alinhado à Casa Rosada. Ao comentar as declarações do ministro brasileiro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, de que a "Argentina é um problema permanente", Mendiguren afirmou que "o Brasil já tem mais de 80 meses de uma balança comercial brutalmente favorável com a Argentina e os números não justificam este tipo de reclamação". Em entrevista a uma rádio local, Mendiguren ressaltou que "as exportações do Brasil para a Argentina cresceram acima de 25% no último ano".
Outro empresário comentou que o problema da Argentina é grave porque o país perdeu a competitividade com o Brasil. "O real se desvalorizou uns 20% e o peso, só 8%. Hoje a Argentina não tem a competitividade que tinha antes com o Brasil." A situação macro é muito diferente que a de um ano atrás, por exemplo", disse.
Ele alertou que o cerco contra as importações brasileiras vai gerar graves problemas para as pequenas empresas. "Os bens de consumo já estão faltando e os bens intermédios também. As empresas grandes podem conseguir negociar a liberação das importações dos insumos que necessitam para manter suas produções, mas as pequenas já têm maiores dificuldades para isso", comentou.