Mundo

Ferguson pede que moradores fiquem em casa

Morte de um jovem negro por um tiro de um policial branco tem motivado confrontos na cidade entre manifestantes e forças de segurança


	Policiais tentam conter avanço de manifestação na avenida West Florissant, em Ferguson
 (Michael B. Thomas/AFP)

Policiais tentam conter avanço de manifestação na avenida West Florissant, em Ferguson (Michael B. Thomas/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 19h19.

Ferguson, Missouri - Autoridades da cidade de Ferguson, no Missouri, pediram que os moradores fiquem em suas casas na noite desta terça-feira para "permitir que a paz se instale" e prometeram se reconectar com a comunidade predominantemente negra do subúrbio de St. Louis.

A morte de um jovem negro de 18 anos desarmado por um tiro de um policial branco tem motivado confrontos na cidade entre manifestantes e forças de segurança.

De acordo com depoimento do governo do município, autoridades têm estudado como aumentar o número de afro-americanos inscritos nas academias de polícia e como captar recursos para instalar câmeras nos carros de patrulha e nos uniformes policiais.

"Nós planejamos aprender com esta tragédia", dizem as autoridades em nota.

O advogado da família de Michael Brown, o jovem negro morto pelo policial, informou que o funeral e o serviço memorial ocorreriam na segunda-feira, mas que a hora e o local não estavam definidos.

Uma multidão se reuniu na tarde desta terça-feira em uma região próxima a St. Louis após policiais matarem um homem que portava uma faca, suspeito de roubar uma loja.

O chefe de polícia Sam Dotson afirmou que o suspeito agiu de forma errática e disse para os policiais: "atirem em mim agora, me matem agora".

Na noite da segunda-feira, mais um protesto encheu as ruas de Ferguson e policiais dispersaram a multidão com bombas de efeito moral.

Segundo o capitão Ron Johnson, da patrulha rodoviária do Missouri, garrafas e coquetéis molotov foram arremessados da população contra os policiais.

A polícia atirou em ao menos duas pessoas e outras 31 foram detidas. O capitão não tinha informações sobre o estado de saúde dos atingidos por disparos.

Um fotógrafo da agência Getty Images foi preso enquanto cobria a manifestação e liberado horas mais tarde. Dois repórteres alemães também foram detidos, por três horas.

Um julgamento poderia ter início nesta quarta-feira para determinar se o policial Darren Wilson deveria ser responsabilizado pela morte de Brown, afirmou o porta-voz da procuradoria de St. Louis, Ed Magee.

O procurador-geral, Eric Holder deve viajar à região na próxima semana para se encontrar com o FBI e outras autoridades responsáveis pela investigação do caso. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Países ricosPolítica no BrasilPreconceitosProtestosProtestos no mundoRacismoSegurança pública

Mais de Mundo

Presidente do Panamá rechaça reduzir pedágio de canal após exigência de Trump

2024: o ano em que Elon Musk ficou mais rico e poderoso do que nunca

Ataque russo à rede elétrica deixa centenas de milhares de ucranianos sem aquecimento

Presidente da Alemanha dissolve o Parlamento e antecipa eleições para fevereiro