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Federação de Jornalistas condena fim de Al Jazeera em Israel

Segundo o órgão, a decisão das autoridades israelenses de fechar os escritórios Al Jazeera em Jerusalém é uma "caça às bruxas"

Al Jazeera: o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou esse meio de comunicação de "incitar à violência", decisão condenada pela emissora catariana (Sean Gallup/Getty Images)

Al Jazeera: o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou esse meio de comunicação de "incitar à violência", decisão condenada pela emissora catariana (Sean Gallup/Getty Images)

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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 10h42.

Bruxelas - A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) criticou nesta segunda-feira o governo de Israel por anunciar que fechará os escritórios da rede de TV Al Jazeera em Jerusalém, gesto que essa organização considera uma "caça às bruxas".

"A decisão das autoridades israelenses de fechar os escritórios Al Jazeera em Jerusalém e retirar as credenciais dos seus jornalistas sob uma acusação geral de apoiar a violência é um ataque à liberdade de imprensa e à liberdade da informação", declarou o presidente da IFJ, Philippe Leruth, em comunicado.

O ministro da Comunicação de Israel, Ayoub Kara, declarou ontem a intenção de fechar os representações da Al Jazeera depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou esse meio de comunicação de "incitar à violência", decisão condenada pela emissora catariana.

Segundo a IFJ, as autoridades israelenses podiam ter exercido o seu "direito a réplica" no caso de considerar que "alguma informação difundida pela Al Jazeera era errônea".

"Ao decidir não fazer isto e, por outro lado, se somar à campanha internacional contra a Al Jazeera, dão a impressão de que o que querem é silenciar uma voz que não os agrada, o que é contrário aos valores democráticos que representam", acrescentou a Federação.

A IFJ destacou que o Sindicato de Jornalistas Palestino, filiado a eles, denunciou que a decisão de Israel é "uma grave violação da liberdade de expressão e do direito dos jornalistas a trabalhar".

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