Fed alerta para "enorme impacto" caso EUA declarem moratória
Os Estados Unidos é um dos poucos países onde existe um limite ao endividamento público, que deve ser aprovado pelo Congresso
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2011 às 19h57.
O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, advertiu nesta quarta-feira (13/07) ao Congresso sobre o "enorme impacto" para os Estados Unidos e a economia global caso os parlamentares não aprovem o aumento do teto da dívida pública e o país, consequentemente, entre em moratória.
No primeiro de seus dois discursos semestrais para explicar a política monetária ao Congresso, a menos de três semanas para que os Estados Unidos atinjam o teto de seu endividamento autorizado, Bernanke apresentou os primeiros indícios públicos de como as autoridades se preparam para a eventualidade de uma insolvência financeira. "O perigo é que as taxas de juros comecem a subir à medida que nossos credores percam a confiança em nossa capacidade ou disposição para pagar as dívidas", disse Bernanke.
Os Estados Unidos é um dos poucos países onde existe um limite ao endividamento público, que deve ser aprovado pelo Congresso. Segundo estimativas, o teto atual de aproximadamente US$ 14,29 trilhões será alcançado no dia 2 de agosto.
Na prática, os EUA já atingiram o teto de endividamento autorizado em 16 de maio passado, mas o Tesouro usou ajustes de gastos e contabilidade que, somados a arrecadações impositivas acima das estimativas, permitiram continuar as operações sem um impacto sobre as obrigações governamentais.
Bernanke explicou que quando as taxas de juros do Tesouro sobem torna-se mais difícil o manejo do déficit. "As taxas de juros sobre a dívida do Tesouro alimentam todas as outras taxas de juros em nossa economia, inclusive as hipotecas, o capital para a prospecção petrolífera e de gás e os empréstimos aos consumidores".
O chefe do banco central americano destacou que os EUA continuarão honrando o pagamento dos juros sobre a dívida pública, mesmo que o Congresso não chegue a um acordo para ampliar os empréstimos autorizados antes do dia 2 de agosto. "Até onde for possível, o Tesouro procurará manter os pagamentos sobre o capital e os juros da dívida pública porque, se não o fizer, haverá uma grande desordem no sistema financeiro, com impactos maiores na economia global", alertou Bernanke.
O presidente do Fed disse que a maior prioridade é assegurar que se pague, pontualmente, os credores de bônus do Tesouro dos EUA. Ele ressaltou que as maiores vítimas, por outro lado, serão os que recebem subsídios sociais do Governo, inclusive os recebedores do Seguro Social e do programa Medicare - despesas médicas -, além dos salários dos militares. Uma interrupção dos pagamentos "debilitará nossa economia, agravará o déficit, danificará a confiança e será algo negativo", resumiu Bernanke.
O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, advertiu nesta quarta-feira (13/07) ao Congresso sobre o "enorme impacto" para os Estados Unidos e a economia global caso os parlamentares não aprovem o aumento do teto da dívida pública e o país, consequentemente, entre em moratória.
No primeiro de seus dois discursos semestrais para explicar a política monetária ao Congresso, a menos de três semanas para que os Estados Unidos atinjam o teto de seu endividamento autorizado, Bernanke apresentou os primeiros indícios públicos de como as autoridades se preparam para a eventualidade de uma insolvência financeira. "O perigo é que as taxas de juros comecem a subir à medida que nossos credores percam a confiança em nossa capacidade ou disposição para pagar as dívidas", disse Bernanke.
Os Estados Unidos é um dos poucos países onde existe um limite ao endividamento público, que deve ser aprovado pelo Congresso. Segundo estimativas, o teto atual de aproximadamente US$ 14,29 trilhões será alcançado no dia 2 de agosto.
Na prática, os EUA já atingiram o teto de endividamento autorizado em 16 de maio passado, mas o Tesouro usou ajustes de gastos e contabilidade que, somados a arrecadações impositivas acima das estimativas, permitiram continuar as operações sem um impacto sobre as obrigações governamentais.
Bernanke explicou que quando as taxas de juros do Tesouro sobem torna-se mais difícil o manejo do déficit. "As taxas de juros sobre a dívida do Tesouro alimentam todas as outras taxas de juros em nossa economia, inclusive as hipotecas, o capital para a prospecção petrolífera e de gás e os empréstimos aos consumidores".
O chefe do banco central americano destacou que os EUA continuarão honrando o pagamento dos juros sobre a dívida pública, mesmo que o Congresso não chegue a um acordo para ampliar os empréstimos autorizados antes do dia 2 de agosto. "Até onde for possível, o Tesouro procurará manter os pagamentos sobre o capital e os juros da dívida pública porque, se não o fizer, haverá uma grande desordem no sistema financeiro, com impactos maiores na economia global", alertou Bernanke.
O presidente do Fed disse que a maior prioridade é assegurar que se pague, pontualmente, os credores de bônus do Tesouro dos EUA. Ele ressaltou que as maiores vítimas, por outro lado, serão os que recebem subsídios sociais do Governo, inclusive os recebedores do Seguro Social e do programa Medicare - despesas médicas -, além dos salários dos militares. Uma interrupção dos pagamentos "debilitará nossa economia, agravará o déficit, danificará a confiança e será algo negativo", resumiu Bernanke.