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FBI investiga escolhas de Rússia e Catar como sedes da Copa

Tanto o Catar quanto a Rússia negam qualquer envolvimento em pagamento de propina para serem escolhidos sedes das próximas duas Copas

O presidente da Fifa, Joseph Blatter: o cartola era um dos maiores defensores do Mundial da Rússia em 2018 e Catar em 2022 (Philippe Desmazes/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2015 às 17h26.

Zurique - As investigações do FBI sobre o futebol foram ampliadas e agora vão também examinar a forma pela qual a FIFA escolheu a Rússia e o Catar para sediar as Copas de 2018 e 2022, respectivamente.

O anúncio foi feito em Nova York, no mesmo momento que até mesmo a Bolsa em Doha sofreu uma queda e as dúvidas passaram a pairar sobre a manutenção desses eventos depois da renúncia de Joseph Blatter, presidente da FIFA.

Em 2010, a FIFA escolheu os dois países para receber os Mundiais. Mas imediatamente após a decisão, escândalos de corrupção e alegações de compra de votos passaram a marcar o processo de preparação. A entidade chegou a realizar um informe interno sobre o caso. Mas concluiu que não existia base para cancelar a votação.

Nem a Justiça americana e nem a Suíça acreditam nessa versão. Berna já interrogou dez cartolas diferentes nesta semana sobre a forma pela qual ocorreu a eleição.

Agora, o FBI seguirá o mesmo processo e também incluirá o assunto em sua investigação, que já resultou em nove prisões, entre elas a de José Maria Marin. Em 2010, porém, quem votou pelo Catar foi Ricardo Teixeira, então presidente da CBF.

A resposta tanto do Catar quanto da Rússia foi a de negar qualquer envolvimento. No caso do Ministro de Relações Exteriores do Catar, Khaled al-Attiyah, a opção foi por denunciar um "racismo" por parte de Europa e EUA.

"É muito difícil para algumas pessoas aceitar que o campeonato será realizado num país árabe e islâmico, como se um Estado árabe não pudesse ter esse direito", disse. "Acredito que essa campanha ultrajante contra o Catar seja por preconceito e racismo."

Moscou também negou qualquer ligação e garantiu que não existe o risco de perder o evento. "Nossa cooperação com a FIFA continua, assim como as preparações para a Copa do Mundo de 2018", disse Dmitry Peskov, porta-voz do presidente Vladimir Putin.

Mas a ausência de Blatter pode enfraquecer os dois países. O cartola era um dos maiores defensores do Mundial da Rússia em 2018 e Catar em 2022 e chegou a comprar a versão de que a campanha contra ele era uma forma de o Ocidente derrubar a Copa promovida pelo Kremlin. Vladimir Putin passou a ser um de seus aliados, denunciando os EUA.

Agora, sem Blatter, a pressão por uma investigação sobre a compra de votos da Rússia deve aumentar. O Ministério Público da Suíça já apura o caso e deve interrogar cerca de dez cartolas nas próximas semanas.

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Zurique - As investigações do FBI sobre o futebol foram ampliadas e agora vão também examinar a forma pela qual a FIFA escolheu a Rússia e o Catar para sediar as Copas de 2018 e 2022, respectivamente.

O anúncio foi feito em Nova York, no mesmo momento que até mesmo a Bolsa em Doha sofreu uma queda e as dúvidas passaram a pairar sobre a manutenção desses eventos depois da renúncia de Joseph Blatter, presidente da FIFA.

Em 2010, a FIFA escolheu os dois países para receber os Mundiais. Mas imediatamente após a decisão, escândalos de corrupção e alegações de compra de votos passaram a marcar o processo de preparação. A entidade chegou a realizar um informe interno sobre o caso. Mas concluiu que não existia base para cancelar a votação.

Nem a Justiça americana e nem a Suíça acreditam nessa versão. Berna já interrogou dez cartolas diferentes nesta semana sobre a forma pela qual ocorreu a eleição.

Agora, o FBI seguirá o mesmo processo e também incluirá o assunto em sua investigação, que já resultou em nove prisões, entre elas a de José Maria Marin. Em 2010, porém, quem votou pelo Catar foi Ricardo Teixeira, então presidente da CBF.

A resposta tanto do Catar quanto da Rússia foi a de negar qualquer envolvimento. No caso do Ministro de Relações Exteriores do Catar, Khaled al-Attiyah, a opção foi por denunciar um "racismo" por parte de Europa e EUA.

"É muito difícil para algumas pessoas aceitar que o campeonato será realizado num país árabe e islâmico, como se um Estado árabe não pudesse ter esse direito", disse. "Acredito que essa campanha ultrajante contra o Catar seja por preconceito e racismo."

Moscou também negou qualquer ligação e garantiu que não existe o risco de perder o evento. "Nossa cooperação com a FIFA continua, assim como as preparações para a Copa do Mundo de 2018", disse Dmitry Peskov, porta-voz do presidente Vladimir Putin.

Mas a ausência de Blatter pode enfraquecer os dois países. O cartola era um dos maiores defensores do Mundial da Rússia em 2018 e Catar em 2022 e chegou a comprar a versão de que a campanha contra ele era uma forma de o Ocidente derrubar a Copa promovida pelo Kremlin. Vladimir Putin passou a ser um de seus aliados, denunciando os EUA.

Agora, sem Blatter, a pressão por uma investigação sobre a compra de votos da Rússia deve aumentar. O Ministério Público da Suíça já apura o caso e deve interrogar cerca de dez cartolas nas próximas semanas.

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