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Farc teriam sequestrado militar e civil, diz Exército

Se comprovado, fato poderia causar tensão nas negociações de paz com o governo

Líder das negociações de paz das FARC, Ivan Marquez, lê documento durante conferência de imprensa em Havana, Cuba (Enrique De La Osa/Reuters)

Líder das negociações de paz das FARC, Ivan Marquez, lê documento durante conferência de imprensa em Havana, Cuba (Enrique De La Osa/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 18h15.

Bogotá - Um suboficial do Exército e um civil teriam sido sequestrados por guerrilheiros das Farc no sudoeste da Colômbia, informaram nesta quinta-feira autoridades militares, um fato que, se comprovado, poderia causar tensão nas negociações de paz com o governo.

"De acordo com informações obtidas com os moradores da região, as Farc sequestraram o cabo Alvarez Ramírez Salatiel e um civil, enquanto se deslocavam por um setor de Potrerillos, do município de Palmira, Valle", afirmou o Exército em comunicado.

Não foi imediatamente possível obter uma reação do grupo guerrilheiro sobre a acusação das autoridades militares.

No início de fevereiro, as Farc sequestraram dois policiais e um soldado em dois incidentes isolados que geraram tensão entre as partes nas negociações que começaram em novembro de 2012, em Cuba, e que buscam acabar com um conflito interno de quase cinco décadas que deixou mais de 200 mil mortos e milhões de desabrigados.

Naquela ocasião, as Farc garantiram que iriam continuar sequestrando oficiais das Forças Militares e da polícia, levando a uma forte reação do governo do presidente Juan Manuel Santos, que questionou o desejo de paz dos rebeldes.

Os dois policiais e o soldado foram libertados dias depois pela guerrilha, que os entregou a uma missão humanitária.

As Farc, consideradas uma organização terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia, se comprometeram em fevereiro de 2012 a suspender o sequestro de civis, uma de suas principais fontes de financiamento, permitindo o início das negociações de paz meses depois.

O diálogo de paz acontece em meio ao confronto diante da negativa do governo em assinar um cessar-fogo bilateral, como propôs a guerrilha, com o argumento de que esta situação poderia ser explorada pela insurgência para levar vantagem militar e expandir indefinidamente a negociação.

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