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Farc propõem "desmilitaização" das zonas rurais colombianas

As novas propostas da guerrilha estão orientadas pelo que chamaram de uma "justiça social territorial e política macroeconômica para a paz"


	A proposta foi divulgada através de um comunicado, lido para jornalistas em Havana, pelo segundo homem da hierarquia das Farc, Luciano Marín Arango, conhecido como "Ivan Márquez"
 (©afp.com / adalberto roque)

A proposta foi divulgada através de um comunicado, lido para jornalistas em Havana, pelo segundo homem da hierarquia das Farc, Luciano Marín Arango, conhecido como "Ivan Márquez" (©afp.com / adalberto roque)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 18h20.

Havana - As Farc propuseram nesta terça-feira a desmilitarização das zonas rurais e do Estado colombiano, o que implicaria o abandono do que consideram a "doutrina de segurança nacional" imposta pelos Estados Unidos.

A proposta foi divulgada através de um comunicado, lido para jornalistas em Havana, pelo segundo homem da hierarquia das Farc, Luciano Marín Arango, conhecido como "Ivan Márquez".

"Se empreenderão ações para a desmilitarização programada e sistemática da sociedade e do Estado, em geral, e, de maneira particular, das zonas rurais", indicaram as Farc no comunicado, que apresenta um novo pacote de propostas para os diálogos de paz com o governo colombiano.

Além disso, o grupo aponta que desmilitarização permitirá a "não subjugação das comunidades camponesas, indígenas e afro-descendentes", o reconhecimento de seus territórios e sua exclusão de "estratégias contra-insurgentes".

As novas propostas da guerrilha estão orientadas pelo que chamaram de uma "justiça social territorial e política macroeconômica para a paz", fazendo parte de suas sugestões à roda de conversas de paz que acontecem em Havana desde novembro.

O documento inclui nove pontos com contribuições ao debate de paz, como a reparação da "dívida histórica" com o campo e a criação de um "fundo extraordinário" para superar as desigualdades sociais da população rural.

Outras medidas possíveis, para as Farc, seriam ações de proteção à economia do campo frente às políticas macroeconômicas e de comércio exterior.

Entre as propostas também se prevê o desenvolvimento de programas territoriais focados no "bem-estar" da população no campo, e o "reconhecimento da riqueza étnica e multicultural" camponesa.

Por fim, a guerrilha pediu uma organização institucional para democratizar as relações entre a cidade e o campo, que garanta os direitos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais da população rural.

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