Exame Logo

Farc pedem suspensão de projetos hidrelétricos na Colômbia

Guerrilha tambémdefende que modelo de exploração mineral seja refundado com base na redistribuição da renda da atividade petrolífera

Combatentes da Farc: “Rejeitamos o roubo de nossos recursos naturais e exigimos a construção de um novo modelo mineral e energético que beneficie a todos”, diz comunicado (ALEJANDRA PARRA / Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 15h16.

Bogotá - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ) exigiram hoje (25) a suspensão de projetos hidrelétricos e da entrega de concessões para exploração mineral. Em comunicado, a mesa de negociações das Farc em Havana propôs uma “nova política energética” para a Colômbia . A guerrilha e o governo colombiano negociam em Cuba o fim do conflito armado.

“Rejeitamos o roubo de nossos recursos naturais e exigimos a construção de um novo modelo mineral e energético que beneficie a todos”, diz o comunicado lido por Rodrigo Granda, um dos negociadores das Farc.

A guerrilha defende, no texto, que o modelo de exploração seja refundado com base na redistribuição da renda da atividade petrolífera e na decretação de uma moratória no setor mineral que congele a distribuição de licenças de mineração, até que sejam garantidas condições de exploração benéficas para o conjunto da sociedade.

As propostas anunciadas nesta terça-feira não estão em discussão atualmente, porque os negociadores estão tratando do tema das drogas ilícitas desde novembro do ano passado. Os representantes das Farc reforçaram que o tema da mineração e da matriz energética afeta diretamente a vida dos agricultores e o desenvolvimento rural colombiano.

De acordo com o governo da Colômbia, o país, que produz 1 milhão de barris de petróleo por ano, é também grande produtor de carbono e ouro. A exploração mineral é feita por multinacionais, pequenos mineradores e também por grupos ilegais. Há denúncias de que, em algumas regiões, as Farc e gangues criminosas comuns cobram uma espécie de imposto ilegal pela exploração de minério.

Desde que o processo de paz foi iniciado, em novembro de 2012, os negociadores do governo e das Farc já chegaram a acordos parciais sobre o desenvolvimento agrário e a participação política de ex-guerrilheiros. Quando terminar a discussão do terceiro item da pauta, a solução para o problema das drogas, ainda será preciso os seguintes temas: a reparação das vítimas; o desarmamento e a reintegração de membros das Farc e garantias para o cumprimento dos acordos no pós-conflito.

As Farc completam 50 anos de existência em maio, mês em que a Colômbia terá eleições presidenciais. O presidente Juan Manuel Santos é candidato à reeleição e tenta conseguir votos em nome da continuidade do processo de paz.

Veja também

Bogotá - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ) exigiram hoje (25) a suspensão de projetos hidrelétricos e da entrega de concessões para exploração mineral. Em comunicado, a mesa de negociações das Farc em Havana propôs uma “nova política energética” para a Colômbia . A guerrilha e o governo colombiano negociam em Cuba o fim do conflito armado.

“Rejeitamos o roubo de nossos recursos naturais e exigimos a construção de um novo modelo mineral e energético que beneficie a todos”, diz o comunicado lido por Rodrigo Granda, um dos negociadores das Farc.

A guerrilha defende, no texto, que o modelo de exploração seja refundado com base na redistribuição da renda da atividade petrolífera e na decretação de uma moratória no setor mineral que congele a distribuição de licenças de mineração, até que sejam garantidas condições de exploração benéficas para o conjunto da sociedade.

As propostas anunciadas nesta terça-feira não estão em discussão atualmente, porque os negociadores estão tratando do tema das drogas ilícitas desde novembro do ano passado. Os representantes das Farc reforçaram que o tema da mineração e da matriz energética afeta diretamente a vida dos agricultores e o desenvolvimento rural colombiano.

De acordo com o governo da Colômbia, o país, que produz 1 milhão de barris de petróleo por ano, é também grande produtor de carbono e ouro. A exploração mineral é feita por multinacionais, pequenos mineradores e também por grupos ilegais. Há denúncias de que, em algumas regiões, as Farc e gangues criminosas comuns cobram uma espécie de imposto ilegal pela exploração de minério.

Desde que o processo de paz foi iniciado, em novembro de 2012, os negociadores do governo e das Farc já chegaram a acordos parciais sobre o desenvolvimento agrário e a participação política de ex-guerrilheiros. Quando terminar a discussão do terceiro item da pauta, a solução para o problema das drogas, ainda será preciso os seguintes temas: a reparação das vítimas; o desarmamento e a reintegração de membros das Farc e garantias para o cumprimento dos acordos no pós-conflito.

As Farc completam 50 anos de existência em maio, mês em que a Colômbia terá eleições presidenciais. O presidente Juan Manuel Santos é candidato à reeleição e tenta conseguir votos em nome da continuidade do processo de paz.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaEnergia elétricaFarcHidrelétricasIndústriaMineração

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame