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Farc denunciam ameaças de morte contra ex-guerrilheiros

Segundo representante, desde a assinatura do acordo, cinco ex-guerrilheiros, nove milicianos e 11 familiares de integrantes das Farc foram ameaçados

Acordo de paz: "Exigimos o governo nacional garantias para que, no marco do acordo de paz assinado, essas ameaças não fiquem na impunidade" (Jaime Saldarriaga/Reuters)

Acordo de paz: "Exigimos o governo nacional garantias para que, no marco do acordo de paz assinado, essas ameaças não fiquem na impunidade" (Jaime Saldarriaga/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 22h18.

Bogotá - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que agora se transformaram em um partido político, denunciaram nesta segunda-feira que ex-guerrilheiros estão recebendo ameaças de morte através de e-mails e pediram proteção ao governo do país, como prevê o acordo assinado em novembro do ano passado.

As denúncias foram feitas por Luis Antonio Losada em uma entrevista coletiva. Segundo ele, desde a assinatura do acordo, cinco ex-guerrilheiros, nove milicianos e 11 familiares de integrantes das Farc foram ameaçados.

Losada também pediu ao ex-presidente uruguaio José Mujica e ao ex-presidente do governo da Espanha Felipe González, verificadores do acordo de paz, que tomem conhecimento das denúncias.

Segundo o representante da agora chamada Força Alternativa Revolucionária do Comum, foram vítimas de ameaças membros da chamada Fundação Legado, composta por familiares de ex-combatentes mortos no conflito, e da Juventude Rebelde, onde militam integrantes do novo partido.

"As ameaças foram enviadas por meios eletrônicos em nome das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC)", afirmou Losada.

O governo da Colômbia, no entanto, nega a existência do grupo, apesar de reconhecer o surgimento de algumas guerrilhas formadas por ex-combatentes.

As AUC e o governo do então presidente Álvaro Uribe realizaram uma negociação de paz entre 2003 e 2006, que conclui com a dissolução da organização e a desmobilização de 31 mil combatentes.

"Exigimos o governo nacional garantias para que, no marco do acordo de paz assinado, essas ameaças não fiquem na impunidade, dada sua gravidade e as consequências que têm para a sociedade", disse o representante das Farc na entrevista.

Diante dos fatos, as Farc pediram uma "reunião extraordinária" da Comissão Nacional de Garantias de Segurança para informar sobre a situação que envolve os combatentes.

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