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FAO reporta aumento de 'feminização do campo' na AL

Chile lidera entre os países latino-americanos e caribenhos, com 30% de suas explorações agrícolas feitas por mulheres


	Os cultivos dirigidos por mulheres tendem a ser de menor tamanho e ocupam terras de pior qualidade
 (Vincent Mundy/Bloomberg)

Os cultivos dirigidos por mulheres tendem a ser de menor tamanho e ocupam terras de pior qualidade (Vincent Mundy/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2013 às 16h33.

Santiago do Chile-  A porcentagem de explorações agropecuárias a cargo de mulheres na América Latina e no Caribe aumentou nos últimos anos, com Chile e Panamá à frente, informou a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Neste processo de feminização do campo, o Chile lidera entre os países latino-americanos e caribenhos, com 30% de suas explorações agrícolas feitas por mulheres, seguido por Panamá (29%), Equador (25%) e Haiti (25%), segundo a FAO.

Os países nos quais há um menor número de explorações agropecuárias a cargo de mulheres são Belize (8%), República Dominicana (10%), El Salvador (12%) e Argentina (12%), de acordo com a primeira nota de Política sobre Mulheres Rurais da FAO, divulgada em Santiago pelo escritório regional do organismo.

Apesar da melhora global, os cultivos dirigidos por mulheres tendem a ser de menor tamanho e ocupam terras de pior qualidade, e elas enfrentam um menor acesso a crédito, assistência técnica e capacitação, indicou a FAO.

Além disso, as mulheres também enfrentam problemas em termos da propriedade sobre a terra, relacionados a temas como preferência masculina na herança, privilégios dos homens no casamento e tendência a favorecer os homens na distribuição de terras por parte das comunidades camponesas e indígenas.

Segundo a FAO, a proporção de explorações agrícolas lideradas por mulheres aumentou no Paraguai de 9% em 1991 a 22% em 2008; no Chile passou de 21% em 1997 a 30% em 2007; e na Nicarágua aumentou de 18% em 2001 para 23% em 2013.

'Isso mostra que as mulheres estão tendo cada vez maior autonomia econômica e que sua contribuição para a segurança alimentar, a produção de alimentos e o bem-estar social da região são fundamentais', argumentou a FAO. EFE

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