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Famílias de vítimas do MH370 apresentam ação judicial

O voo MH370 que fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 153 chineses, desapareceu no dia 8 de março de 2014

Voo MH370: o caso é até hoje o maior mistério da história da aviação civil moderna (Olivia Harris / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2016 às 10h33.

As famílias de 12 passageiros chineses do voo MH370 da Malaysia Airlines entraram com uma ação contra a companhia aérea nesta segunda-feira em Pequim, na véspera do segundo aniversário do desaparecimento do avião.

Reunidos em um pequeno escritório do Tribunal de Assuntos Ferroviários da capital chinesa, responsável pelo caso do MH370, os parentes, alguns em lágrimas, entregaram aos funcionários os documentos necessários.

O voo MH370 que fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 153 chineses, desapareceu no dia 8 de março de 2014, depois de, oficialmente, cair no meio do Oceano Índico.

O caso é até hoje o maior mistério da história da aviação civil moderna.

O direito internacional dá às famílias dois anos para apresentar processos relativos a acidentes aéreos.

Mas as famílias chinesas estavam "profundamente dilaceradas" sobre a decisão de recorrer à justiça, segundo o advogado Zhang Qihuai, do escritório de advocacia Lapeng que representa os familiares.

Mesmo após a apresentação desta ação, muitos parentes dos chineses desaparecidos continuam convencidos de que seus entes queridos ainda estão vivos, talvez retidos a força em algum lugar, apesar de um pedaço do avião ter sido encontrado na ilha francesa da Reunião outros possíveis vestígios em Moçambique.

"Eles acreditam que se aceitarem uma indenização, a companhia aérea pode rejeitar qualquer responsabilidade adicional e lavar as mãos sobre o que aconteceu, e que a opinião pública esquecerá espontaneamente tudo o que aconteceu", explicou Zhang.

A indenização pedida varia entre 5 e 8 milhões de iuanes (770.000 a 1,2 milhão de dólares) por vítima, informou, indicando que essa variação é de acordo com as idades e níveis de renda das vítimas.

"No começo, muitos não queriam apresentar uma queixa e preferiam continuar esperando. Mas há um limite de tempo, e por isso já não tinham mais escolha. Perder o direito de processar a companhia seria uma dor terrível", ressaltou.

Vários escritórios de advocacia dos Estados Unidos, da Malásia, da Austrália e da China declararam à AFP que começaram a tomar medidas legais em nome de familiares das pessoas desaparecidas.

A Austrália lidera os trabalhos de buscas no sul do Oceano Índico, nas profundezas de uma área de 120.000 quilômetros quadrados, o equivalente à superfície da Nicarágua.

Mas os esforços para localizar os restos do avião foram até agora infrutíferos, e na ausência de novas pistas as autoridades pretendem completar suas operações em meados do ano.

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As famílias de 12 passageiros chineses do voo MH370 da Malaysia Airlines entraram com uma ação contra a companhia aérea nesta segunda-feira em Pequim, na véspera do segundo aniversário do desaparecimento do avião.

Reunidos em um pequeno escritório do Tribunal de Assuntos Ferroviários da capital chinesa, responsável pelo caso do MH370, os parentes, alguns em lágrimas, entregaram aos funcionários os documentos necessários.

O voo MH370 que fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 153 chineses, desapareceu no dia 8 de março de 2014, depois de, oficialmente, cair no meio do Oceano Índico.

O caso é até hoje o maior mistério da história da aviação civil moderna.

O direito internacional dá às famílias dois anos para apresentar processos relativos a acidentes aéreos.

Mas as famílias chinesas estavam "profundamente dilaceradas" sobre a decisão de recorrer à justiça, segundo o advogado Zhang Qihuai, do escritório de advocacia Lapeng que representa os familiares.

Mesmo após a apresentação desta ação, muitos parentes dos chineses desaparecidos continuam convencidos de que seus entes queridos ainda estão vivos, talvez retidos a força em algum lugar, apesar de um pedaço do avião ter sido encontrado na ilha francesa da Reunião outros possíveis vestígios em Moçambique.

"Eles acreditam que se aceitarem uma indenização, a companhia aérea pode rejeitar qualquer responsabilidade adicional e lavar as mãos sobre o que aconteceu, e que a opinião pública esquecerá espontaneamente tudo o que aconteceu", explicou Zhang.

A indenização pedida varia entre 5 e 8 milhões de iuanes (770.000 a 1,2 milhão de dólares) por vítima, informou, indicando que essa variação é de acordo com as idades e níveis de renda das vítimas.

"No começo, muitos não queriam apresentar uma queixa e preferiam continuar esperando. Mas há um limite de tempo, e por isso já não tinham mais escolha. Perder o direito de processar a companhia seria uma dor terrível", ressaltou.

Vários escritórios de advocacia dos Estados Unidos, da Malásia, da Austrália e da China declararam à AFP que começaram a tomar medidas legais em nome de familiares das pessoas desaparecidas.

A Austrália lidera os trabalhos de buscas no sul do Oceano Índico, nas profundezas de uma área de 120.000 quilômetros quadrados, o equivalente à superfície da Nicarágua.

Mas os esforços para localizar os restos do avião foram até agora infrutíferos, e na ausência de novas pistas as autoridades pretendem completar suas operações em meados do ano.

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