Familiares relembram o massacre da Praça da Paz Celestial
O governo chinês minimiza os eventos em 1989. Um dos únicos redutos de memória na China é a associação das Mães da Praça da Paz Celestial
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2015 às 09h46.
Pequim -- O 26º aniversário do massacre de Praça da Paz Celestial, que representou um trágico final para os protestos pró-democracia de 1989 na China , transcorre nesta quinta-feira com o habitual contraste entre o silêncio forçado dentro do país e pedidos vindos do exterior para que Pequim assuma responsabilidades e desclassifique aqueles fatos.
Em uma China onde quase não circulam notícias ou fotografias sobre os fatos ocorridos na noite do dia 3 para 4 de junho de 1989, para as centenas de turistas que hoje percorreram a praça de Praça da Paz Celestial era um dia a mais para visitar a Cidade Proibida ou render homenagens ao corpo embalsamado de Mao Tsé-tung.
Apesar da persistente chuva na capital chinesa, os turistas, em sua maioria procedentes de outras partes do país, cumpriram o ritual de visitar a praça, não sem antes passar por estritos controles de segurança que há em todos os acessos à enorme esplanada.
Antes de 2013 estes controles só eram realizados, precisamente, em aniversários do massacre ou outras datas sensíveis para o regime, mas desde que nesse ano um automóvel com supostos terroristas atropelou deliberadamente dezenas de turistas, as medidas de segurança são mantidas a cada dia do ano.
A vida na praça transcorria hoje alheia a aniversários e a imprensa chinesa evitava, como em outros anos, a fazer menção alguma à data, enquanto o governo chinês respondia, também como em aniversários anteriores, com sua fórmula habitual de minimizar os fatos de 1989 e assegurar que o país já virou esta página.
"Com relação ao incidente político na década dos 80, o povo chegou à conclusão de que a política de reforma e abertura demonstrou que o país está em um bom caminho e recebe o apoio de 1,3 bilhão de cidadãos", assinalou a respeito a porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do país Hua Chunjing, no começo desta semana.
O único reduto de memória dentro da China parece estar na associação das Mães da Praça da Paz Celestial, que reúne pouco mais de uma centena de familiares de vítimas do massacre, e este ano publicou uma carta na qual pediu aos líderes chineses que acabem com a mordaça em torno do massacre.
Pequim -- O 26º aniversário do massacre de Praça da Paz Celestial, que representou um trágico final para os protestos pró-democracia de 1989 na China , transcorre nesta quinta-feira com o habitual contraste entre o silêncio forçado dentro do país e pedidos vindos do exterior para que Pequim assuma responsabilidades e desclassifique aqueles fatos.
Em uma China onde quase não circulam notícias ou fotografias sobre os fatos ocorridos na noite do dia 3 para 4 de junho de 1989, para as centenas de turistas que hoje percorreram a praça de Praça da Paz Celestial era um dia a mais para visitar a Cidade Proibida ou render homenagens ao corpo embalsamado de Mao Tsé-tung.
Apesar da persistente chuva na capital chinesa, os turistas, em sua maioria procedentes de outras partes do país, cumpriram o ritual de visitar a praça, não sem antes passar por estritos controles de segurança que há em todos os acessos à enorme esplanada.
Antes de 2013 estes controles só eram realizados, precisamente, em aniversários do massacre ou outras datas sensíveis para o regime, mas desde que nesse ano um automóvel com supostos terroristas atropelou deliberadamente dezenas de turistas, as medidas de segurança são mantidas a cada dia do ano.
A vida na praça transcorria hoje alheia a aniversários e a imprensa chinesa evitava, como em outros anos, a fazer menção alguma à data, enquanto o governo chinês respondia, também como em aniversários anteriores, com sua fórmula habitual de minimizar os fatos de 1989 e assegurar que o país já virou esta página.
"Com relação ao incidente político na década dos 80, o povo chegou à conclusão de que a política de reforma e abertura demonstrou que o país está em um bom caminho e recebe o apoio de 1,3 bilhão de cidadãos", assinalou a respeito a porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do país Hua Chunjing, no começo desta semana.
O único reduto de memória dentro da China parece estar na associação das Mães da Praça da Paz Celestial, que reúne pouco mais de uma centena de familiares de vítimas do massacre, e este ano publicou uma carta na qual pediu aos líderes chineses que acabem com a mordaça em torno do massacre.