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Familiar de Bashar al-Assad pede asilo na Alemanha

A mulher, viúva de um primo do presidente, chegou ao país em 2016 fugindo de sua família política

Bashar al-Assad: de acordo com seu relato, ela foi gravemente ferida ao ser baleada em setembro de 2015 por outro membro do clã familiar (AFP/AFP)

Bashar al-Assad: de acordo com seu relato, ela foi gravemente ferida ao ser baleada em setembro de 2015 por outro membro do clã familiar (AFP/AFP)

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EFE

Publicado em 13 de junho de 2017 às 08h55.

Última atualização em 13 de junho de 2017 às 08h58.

Berlim - A viúva de um primo do presidente sírio, Bashar Al-Assad, solicitou asilo na Alemanha após chegar a este país no verão de 2016 fugindo de sua família política, informaram nesta terça-feira meios locais.

Segundo explica o jornal regional "Westfälische Nachrichten", que entrevista fontes do Parlamento da Renânia do Norte-Westfalia (oeste), o pedido da mulher, Fatima Masud al-Assad, que tem também passaporte libanês, foi rejeitado, mas ela recorreu.

De acordo com seu relato, ela foi gravemente ferida ao ser baleada em setembro de 2015 por outro membro do clã familiar e chegou à Alemanha no verão de 2016.

O seu marido, chefe de um grupo de milicianos leais a Assad, morreu por mãos dos rebeldes em 2014, enquanto o seu filho foi detido por ordem do presidente sírio depois que matou um oficial.

Ainda não se sabe se este último fato fez com que ela também caísse em desgraça.

Após chegar à Alemanha, foi hospedada em um centro de acolhimento provisório de refugiados e desde o começo deste ano reside em outro albergue para solicitantes de asilo no distrito de Warendorf, no estado da Renânia do Norte-Westfalia.

Enquanto está sendo tramitado seu recurso para o pedido de asilo, pediu para ser levada por razões pessoais ao estado federado de Baixa Saxônia.

Tanto no primeiro centro em que viveu como no seu atual alojamento, destaca a inmprensa local, a mulher foi reconhecida e repreendida por outros solicitantes de asilo, pois para muitos sírios ela segue sendo, apesar de tudo, uma pessoa odiada por seu vínculo com Assad.

As autoridades locais não se opõem à presença da mulher e nem a seu acolhimento, mas criticam que o Ministério do Interior regional não lhes informou sobre seu "particular contexto" familiar.

Independentemente da decisão relativa ao recurso, em todo caso não pode ser repatriada à Síria, mas a princípio sim expulsa ao Líbano, apontou Ralf Hollstiege, máximo responsável do escritório de ordem pública do distrito de Warendorf.

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