O Facebook fornecerá ao Congresso dos Estados Unidos, que investiga uma possível ingerência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016, informação sobre anúncios publicitários relacionados com este país publicados na rede social, informou nesta quinta-feira seu CEO, Mark Zuckerberg.

Há duas semanas, a empresa revelou que centenas de contas falsas, provavelmente ativadas da Rússia, tinham sido utilizadas para comprar anúncios com finalidade de alimentar as tensões políticas nos Estados Unidos antes e depois das eleições presidenciais de 2016.

Desde então, aumentou a pressão sobre o grupo para que fornça o conteúdo desses anúncios ao Congresso.

"Acredito firmemente que no processo democrático e na proteção de sua integridade", disse Zuckerberg nesta quinta-feira, em uma declaração ao vivo na rede social. "Rejeito que qualquer um utilize nossas ferramentas para prejudicar a democracia", acrescentou.

"Estamos trabalhando ativamente com o governo americano em sua investigação sobre a participação da Rússia nas eleições presidenciais ganhas em 2016 por Donald Trump", disse o fundador do Facebook.

"Nesta manhã pedi a nossas equipes que fornecessem ao Congresso os anúncios que encontramos", afirmou.

Após uma investigação interna -que ainda está em curso, segundo Zuckerberg-, o Facebook anunciou em 7 de setembro que havia detectado 470 contas que no total gastaram cerca de 100.000 dólares, entre junho de 2015 e maio de 2017, para publicar anúncios que destacam informação falsa ou que levam o usuário a páginas que contêm este tipo de mensagem.