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AFP
Publicado em 28 de dezembro de 2022 às 18h28.
Última atualização em 28 de dezembro de 2022 às 18h41.
O gigante da energia americano ExxonMobil entrou com uma ação nesta quarta-feira, 28, contra a União Europeia (UE) para bloquear o imposto temporário sobre os lucros elevados das empresas de petróleo, anunciou um porta-voz.
Com os preços da energia nas nuvens após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs que as grandes empresas de petróleo, gás e carvão pagassem uma "contribuição de crise" sobre seus lucros de 2022.
A contribuição prevê dedução de 33% sobre o lucro tributável de 2022, a fim de distribuí-la entre as famílias e empresas que enfrentam uma explosão de suas despesas.
A Comissão teve o cuidado de não usar a palavra "imposto" ao aprovar a medida, uma vez que qualquer nova disposição fiscal em nível europeu necessitaria de um acordo aprovado por unanimidade entre os 27 países da UE.
As subsidiárias alemã e holandesa da ExxonMobil entraram hoje com um recurso contra a nova medida perante o Tribunal de Justiça da UE, com sede em Luxemburgo.
"Reconhecemos que a crise energética na Europa tem grande peso sobre as famílias e empresas, e trabalhamos para aumentar o fornecimento de energia para a Europa", destacou Casey Norton, porta-voz da ExxonMobil. "Nosso recurso é direcionado apenas ao imposto contraproducente sobre os lucros extraordinários, e não a nenhum outro elemento para reduzir os preços da energia", acrescentou.
A ExxonMobil obteve um lucro de US$ 37,6 bilhões no segundo e terceiro trimestres de 2022. Em reunião com investidores neste mês, o diretor financeiro da empresa estimou que o imposto da UE custaria à mesma mais de US$ 2 bilhões.
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