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Extremistas judeus são suspeitos de matar bebê palestino

Pais da criança e seu irmão de 4 anos ficaram gravemente feridos e foram levados de helicóptero para tratamento em um hospital israelense


	Manifestantes agitam bandeiras palestinas em frente a um assentamento israelense
 (Musa al-Shaer/AFP)

Manifestantes agitam bandeiras palestinas em frente a um assentamento israelense (Musa al-Shaer/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2015 às 10h46.

Duma - Extremistas judeus foram apontados como os responsáveis por um incêndio nesta sexta-feira em uma casa palestina na Cisjordânia ocupada por Israel, matando um bebê de 18 meses e ferindo gravemente três outros membros da família, em um ato que o primeiro-ministro israelense descreveu como terrorismo.

Os extremistas quebraram as janelas da casa em Duma, uma aldeia perto da cidade de Nablus, e jogaram bombas incendiárias, pouco antes do amanhecer, quando a família dormia, disseram militares israelenses e testemunhas. Do lado de fora havia pichações em hebraico com a palavra "vingança".

Os pais da criança e seu irmão de 4 anos ficaram gravemente feridos e foram levados de helicóptero para tratamento em um hospital israelense, disseram autoridades. Uma segunda casa na aldeia também foi incendiada, mas não havia ninguém no local.

Esse seria o pior ataque de extremistas israelenses desde que um adolescente palestino foi queimado vivo em Jerusalém um ano atrás, depois do sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses por militantes palestinos na Cisjordânia.

O Exército israelense reforçou a presença de suas tropas na área para iniciar uma varredura em busca dos suspeitos, descritos por um porta-voz como "dois terroristas mascarados", e impedir qualquer escalada da violência. O grupo islâmico palestino Hamas pediu vingança.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que ficou chocado e prometeu que "todos os meios" serão empregados para levar os agressores à justiça. "Este é um ataque terrorista. Israel toma medidas firmes contra o terrorismo, não importa quem sejam seus autores", disse.

Um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, responsabilizou Israel. "Esse crime não teria ocorrido se o governo israelense não insistisse em incentivar os assentamentos e proteger os colonos", disse Nabil Abu Rdainah.

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