Izabella Teixeira: ministra aproveitou a oportunidade para falar a respeito do que o Brasil vem fazendo para reduzir suas emissões (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 15h06.
São Paulo - A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, falou pela primeira vez na plenária da COP18 nesta quarta-feira (05). Em um breve discurso, que durou cerca de oito minutos, Izabella optou por enfatizar à comunidade internacional a importância da extensão do Protocolo de Kyoto ser decidida na Conferência de Doha.
“Este é o nosso maior trunfo para garantir um forte regime contra as mudanças climáticas. É o Kyotinho que vai garantir a continuidade de um sistema multilateral, baseado em regras que asseguram a integridade ambiental de mitigação dos países desenvolvidos sob o protocolo”, disse.
Nesta terça-feira (04), o Brasil propôs uma saída para destravar as negociações a respeito da extensão do acordo. A sugestão do nosso país é incluir no texto do Kyotinho a possibilidade dos países signatários aumentarem gradativamente, ao longo dos anos, as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa assumidas no tratado. Assim, as nações desenvolvidas poderiam, nesta COP, adotar compromissos mais tímidos, sem serem criticadas pelos países em desenvolvimento. Já que, à medida que cumprirem suas promessas, assumiriam novas metas, até a implantação do acordo climático global, prevista para 2020. (Leia também: Brasil propõe elevar metas da segunda fase de Kyoto gradativamente)
A ministra ainda aproveitou a oportunidade para falar a respeito do que o Brasil vem fazendo para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa e destacou a notícia, divulgada na semana passada, de que o desmatamento na Amazônia atingiu o menor índice já registrado desde 1988. (Saiba mais em: Brasil é aplaudido na COP18 ao mostrar dados sobre queda do desmatamento)
Izabella também fez questão de deixar claro que, apesar das ações que o governo brasileiro está promovendo para fazer sua parte no combate global às mudanças climáticas, é importante que os países desenvolvidos mandem dinheiro para os emergentes para que sigam com seus projetos de mitigação e adaptação, conforme acordado na COP15, que aconteceu em Copenhagen.
“Esse esforço nacional não elimina nem minimiza a necessidade de que a fonte dos financiamentos que apoiam as ações de países em desenvolvimento na área de mudança climática sejam os mecanismos de ajuda oficiais de países desenvolvidos“, afirmou.