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Expositores temem prejuízo com centro de mídia da Tóquio 2020

Governo de Tóquio quer transformar o maior centro de exposição do Japão em um centro de mídia para a Olimpíada de 2020

Tóquio 2020: fechamento do centro de convenções Tokyo Big Sight entre abril e outubro de 2020 forçaria o cancelamento ou a diminuição de 170 exposições realizadas regularmente (Toru Hanai/Reuters)

Tóquio 2020: fechamento do centro de convenções Tokyo Big Sight entre abril e outubro de 2020 forçaria o cancelamento ou a diminuição de 170 exposições realizadas regularmente (Toru Hanai/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 10h48.

Tóquio - A associação de expositores do Japão está intensificando os pedidos para que Tóquio desista do plano de transformar o maior centro de exposição do país em um centro de mídia para a Olimpíada de 2020, alertando que a indústria pode perder até 12 bilhões de dólares.

A Associação de Exposições do Japão (Jexa, na sigla em inglês) disse ter entregado uma petição com mais de 80 mil assinaturas à governadora de Tóquio, Yuriko Koike, na semana passada, exigindo uma revisão do plano, e que está disposta a procurar o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e a ministra da Olimpíada, Tamayo Marukawa, em seguida.

O fechamento do centro de convenções Tokyo Big Sight entre abril e outubro de 2020 forçaria o cancelamento ou a diminuição de 170 exposições realizadas regularmente durante estes meses e uma perda de 11,5 bilhões de dólares de receita, segundo estimativas da Jexa -- e o estrago pode durar ainda mais tempo.

"Estamos receosos de que muitos expositores rumem para lugares como China, Coreia, Cingapura e Estados Unidos", disse o presidente do conselho da Jexa, Tadao Ishizumi, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira.

"Os benefícios econômicos destas exposições irão desaparecer, e é o povo de Tóquio e do Japão que acabará perdendo", argumentou.

Cerca de 90 mil empresas participam como expositoras em aproximadamente 300 eventos no Tokyo Big Sight a cada ano, de acordo com a Jexa.

A entidade disse que os expositores, a maioria pequenas e médias empresas, dependem destas feiras para uma porção considerável de sua renda, assim como a indústria de serviços local envolvida com estandes, mão de obra e alimentação.

Mitsuaki Fushimi, autoridade do departamento de comércio e indústria do governo metropolitano de Tóquio, disse à Reuters que a capital japonesa está fazendo tudo que pode para ajudar a reduzir o impacto.

Segundo ele, a cidade já concordou em erguer uma instalação temporária nas proximidades onde as feiras de negócios poderiam ocorrer, e está acelerando a construção de uma extensão do Tokyo Big Sight.

Mas a Jexa disse que, mesmo com todas estas medidas, só irá contar com 23 mil metros quadrados de espaço de exposição, o que representa cerca de um quarto de sua capacidade normal.

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