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Explosões deixam ao menos 26 mortos no norte da Nigéria

Nenhum grupo assumiu autoria dos ataques a locais de maioria cristã, mas grupo fundamentalista islâmico está sob suspeita


	Kano, na Nigéria: número de mortos pode aumentar nas próximas horas devido à gravidade do estado de alguns feridos, segundo fonte
 (Wikimedia Commons)

Kano, na Nigéria: número de mortos pode aumentar nas próximas horas devido à gravidade do estado de alguns feridos, segundo fonte (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2013 às 09h28.

Kano - Pelo menos 26 pessoas morreram em uma onda de explosões que sacudiu ontem à noite a cidade de Kano, no norte da Nigéria, informaram nesta terça-feira à Agência Efe fontes hospitalares.

Um funcionário do necrotério do Hospital Murtala Mohammed de Kano relatou, de forma anônima, que a polícia nigeriana levou ao local 16 cadáveres, enquanto moradores da cidade transportaram outros 10.

"Trouxeram os corpos cerca de três horas depois das explosões (a primeira ocorreu após as 21h locais - 17h de Brasília - e as outras duraram cerca de 50 minutos). Entre os corpos, havia um de uma menina", acrescentou a fonte.

O número de mortos poderia aumentar nas próximas horas devido à gravidade do estado de alguns feridos, cujo número a fonte não detalhou. A polícia contabilizou seis mortos e o mesmo número de feridos.

As explosões, que quebraram os vidros dos carros, aconteceram em lugares de Kano povoados por cristãos, em uma zona - como todo o norte da Nigéria - de maioria muçulmana.

Embora nenhum grupo tenha requisitado ainda a autoria desses atentados, a suspeita recai sobre o grupo fundamentalista islâmico Boko Haram, que já comandou ações semelhantes na região.

O estado de Kano não está sob o estado de emergência decretado pelo presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, uma ofensiva militar para frear as atividades do Boko Haram.

Desde 16 de maio, a Nigéria realiza uma ofensiva antiterrorista nos estados de Yobe, Borno e Adamawa, no nordeste do país (todos eles sob estado de emergência), após um aumento da atividade criminosa nessa área, onde o Boko Haram opera, mas os ataques dos fundamentalistas continuaram.

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