Em comunicado, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, condenou o ataque e advertiu que seu Governo manterá a "guerra implacável contra o terrorismo no país", garantindo ainda apoio às vítimas (Chris McGrath/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2013 às 19h56.
Lagos - Uma forte explosão ocorrida nesta segunda-feira em uma estação de ônibus da cidade setentrional de Kano, na Nigéria, causou a morte de pelos menos 20 pessoas e diversos feridos.
De acordo com fontes da Força de Ação Conjunta (JTF) do Exército nigeriano, em declarações ao jornal local "Daily Post", a explosão ocorreu por volta das 13h (de Brasília).
No momento da explosão havia muitas pessoas na estação, situada no bairro de Sabon Gary, cuja população é predominantemente cristã.
Em comunicado, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, condenou o ataque e advertiu que seu Governo manterá a "guerra implacável contra o terrorismo no país", garantindo ainda apoio às vítimas.
Por enquanto, as autoridades desconhecem os responsáveis pelo ataque, apesar da cidade Kano ser considerada um reduto da seita radical islâmica Boko Haram, responsável por vários atentados no norte da Nigéria desde 2009.
Boko Haram, que em línguas locais significa "educação não islâmica é pecado", deseja impor a lei islâmica no país, de maioria muçulmana no norte e preponderância cristã no sul.
Desde 2009, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que já causou a morte de 1,4 mil pessoas, segundo a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW), embora o Exército da Nigéria assegure que as vítimas passam das 3 mil.
Com uns 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por causa de suas profundas diferenças políticas, econômicas, religiosas e territoriais.