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Explosão durante oração xiita no Paquistão deixa 9 mortos

Explosão ocorreu durante uma realização de uma oração xiita no distrito de Bolan, onde está ativado um alerta perante a proximidade da realização da "Ashura"

Xiitas: os atentados de caráter sectário no Paquistão, especialmente contra a minoria xiita, aumentaram nos últimos anos devido à violência terrorista (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 15h44.

Islamabad - Pelo menos nove pessoas morreram e sete ficaram feridas em uma explosão durante uma realização de uma oração xiita no distrito de Bolan, no sudoeste do Paquistão , onde está ativado um alerta perante a proximidade da realização da "Ashura" por parte desta minoria, informaram à Agência Efe fontes oficiais.

"Nove pessoas morreram e outras sete ficaram feridas na explosão, que ocorreu durante a oração quando as mulheres estavam entrando no 'Imambargh' (lugar de culto e reunião xiita)", disse o oficial das forças da ordem paquistanesas na região, Zarghoon Khan.

O secretário de Interior da província de Baluchistão, Akbar Hussain Durrani, onde se encontra Bolan, afirmou que a explosão aconteceu "fora do 'Imambargh' na área de Goth Chalgari do distrito" e "aparentemente foi um suicida" que a provocou.

"Foi depois do pôr do sol, quando os xiitas começam suas congregações pelo Muharram", acrescentou em referência ao primeiro mês do calendário muçulmano no qual esta comunidade celebra a festividade da "Ashura" em lembrança do martírio de Hussein, neto de Maomé.

"A região está prejudicada e as instalações médicas não estão dentro do esperável, mas a Administração local começou a operação de resgate e os feridos foram transferidos a hospitais próximos", indicou Durrani.

A fonte ressaltou que "a segurança estava em alerta máximo desde que começou o mês do Muharram", há uma semana.

Na segunda-feira, 11 pessoas morreram e 23 ficaram feridas na explosão de uma bomba em um ônibus em Quetta, a capital de Baluchistão, que posteriormente foi reivindicada por um grupo separatista.

Os atentados de caráter sectário no Paquistão, especialmente contra a minoria xiita, que representa 20% da população do país islâmico, aumentaram nos últimos anos em meio à intensificação geral da violência terrorista desde o final de 2012.

Em junho de 2013, um atentado perto de um centro de oração xiita em Quetta causou a morte de 30 pessoas e ferimentos em 60, enquanto no início de 2014 três massacres em bairros xiitas dessa mesma cidade e Karachi (sul) causaram mais de 250 mortos.

Baluchistão faz fronteira com o Afeganistão e o com Irã e a mais extensa e menos povoada província do Paquistão. O local é cenário habitual de ataques de grupos separatistas, milícias islamitas e redes mafiosas que operam em todo o país.

Estas milícias recorrem a atentados contra instituições públicas, forças da ordem e pontos de interesse econômico em uma província com grandes recursos minerais, assim como a assassinatos seletivos de trabalhadores de etnias diferentes à baluchi, consideradas "invasoras".

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Islamabad - Pelo menos nove pessoas morreram e sete ficaram feridas em uma explosão durante uma realização de uma oração xiita no distrito de Bolan, no sudoeste do Paquistão , onde está ativado um alerta perante a proximidade da realização da "Ashura" por parte desta minoria, informaram à Agência Efe fontes oficiais.

"Nove pessoas morreram e outras sete ficaram feridas na explosão, que ocorreu durante a oração quando as mulheres estavam entrando no 'Imambargh' (lugar de culto e reunião xiita)", disse o oficial das forças da ordem paquistanesas na região, Zarghoon Khan.

O secretário de Interior da província de Baluchistão, Akbar Hussain Durrani, onde se encontra Bolan, afirmou que a explosão aconteceu "fora do 'Imambargh' na área de Goth Chalgari do distrito" e "aparentemente foi um suicida" que a provocou.

"Foi depois do pôr do sol, quando os xiitas começam suas congregações pelo Muharram", acrescentou em referência ao primeiro mês do calendário muçulmano no qual esta comunidade celebra a festividade da "Ashura" em lembrança do martírio de Hussein, neto de Maomé.

"A região está prejudicada e as instalações médicas não estão dentro do esperável, mas a Administração local começou a operação de resgate e os feridos foram transferidos a hospitais próximos", indicou Durrani.

A fonte ressaltou que "a segurança estava em alerta máximo desde que começou o mês do Muharram", há uma semana.

Na segunda-feira, 11 pessoas morreram e 23 ficaram feridas na explosão de uma bomba em um ônibus em Quetta, a capital de Baluchistão, que posteriormente foi reivindicada por um grupo separatista.

Os atentados de caráter sectário no Paquistão, especialmente contra a minoria xiita, que representa 20% da população do país islâmico, aumentaram nos últimos anos em meio à intensificação geral da violência terrorista desde o final de 2012.

Em junho de 2013, um atentado perto de um centro de oração xiita em Quetta causou a morte de 30 pessoas e ferimentos em 60, enquanto no início de 2014 três massacres em bairros xiitas dessa mesma cidade e Karachi (sul) causaram mais de 250 mortos.

Baluchistão faz fronteira com o Afeganistão e o com Irã e a mais extensa e menos povoada província do Paquistão. O local é cenário habitual de ataques de grupos separatistas, milícias islamitas e redes mafiosas que operam em todo o país.

Estas milícias recorrem a atentados contra instituições públicas, forças da ordem e pontos de interesse econômico em uma província com grandes recursos minerais, assim como a assassinatos seletivos de trabalhadores de etnias diferentes à baluchi, consideradas "invasoras".

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